Walter Casagrande apareceu no Seleção SporTV, nesta quarta-feira (27), e não poupou críticas ao jogador de vôlei Maurício Souza. O atleta, cabe lembrar, foi demitido do Minas Tênis Clube após uma postagem homofóbica.
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Na atração esportiva, então, o comentarista da Globo chamou o atleta de mau-caráter e recordou um episódio entre ele e o jogador de vôlei.
“É crime. É covardia. E é mau-caratismo. Principalmente e especificamente o Maurício Souza. E eu estou falando com propriedade, porque ele foi mau-caráter comigo. Então, para mim, ele é mau-caráter”, iniciou Casagrande, fazendo referência ao comentário de Maurício.
Ele ainda seguiu: “Em 2018, antes das eleições, eu comecei a criticar (o presidente Jair Bolsonaro), a me posicionar sobre isso, e em determinado momento, eu fui dar uma entrevista longa numa rádio, onde eu contei minha história a todos, e o senhor presidente Jair Bolsonaro, que também é covarde e mentiroso, fez um recorte da minha entrevista, que poderia mostrar para as pessoas que eu era um satanista. Beleza. Passou”.
“Dei uma entrevista para a revista Playboy, falei que ele era mentiroso. Obviamente que ele nem falou nada, porque é mentiroso mesmo. O Mauricio Souza, há uns três meses, recuperou esse vídeo e postou nas redes sociais dele. Ele colocou esse vídeo editado, mentiroso, falso, que o Jair Bolsonaro editou, nas redes sociais dele. Então, eu não me surpreendo, porque esse cara é homofóbico, é um cara que foi mau-caráter comigo. Parabéns a todos os atletas que se posicionaram. Esse cara, Mauricio Souza, é um homofóbico, preconceituoso, possivelmente racista, covarde e mau-caráter”, completou o ex-jogador.
Ainda na atração, Paulo Cesar Vasconcellos cobrou uma punição mais rigorosa ao jogador de vôlei, que foi afastado do clube após pressão dos patrocinadores. “O Maurício é porta-voz de um sentimento que começou a vigorar de uma maneira mais intensa de parte da sociedade brasileira na sua história recente. De uns quatro anos para cá, pessoas como o Maurício ganharam voz e empoderamento. A atitude do Maurício não é isolada”, comentou.
“Ele é porta-voz de um segmento que se acha acima do bem e do mal, que ocupou espaços de poder no Brasil, e faz desse tipo de manifestação, que é crime, trazer uma confusão, trazendo a roupagem de liberdade de expressão a um crime. O que o Maurício fez, a punição é muito branda até o momento. A punição é muito mais por esse jeito brasileiro de caminhar para a conciliação”, opinou PC Vasconcellos.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]