Chris Flores exalta mudança de rumo do Fofocalizando e “contrato vitalício” com SBT

Reuber Diirr

01/01/2020

Chris Flores

Em entrevista ao RD1, Chris Flores comemora avanço do Fofocalizando na audiência e no faturamento (Imagem: Divulgação / SBT)

Colaboração: João Paulo Dell Santo

A apresentadora Chris Flores abriu seu coração e falou de assuntos ligados à carreira em entrevista exclusiva ao RD1. Flores não hesitou em comentar sua chegada ao Fofocalizando e a apaziguada nos ânimos de membros do programa. A jornalista, conhecida por seu trabalho junto às celebridades em revistas e na TV, estreou na atração do SBT em setembro de 2019.

RD1 – Sua nova fase profissional no Fofocalizando vem como um “respiro” para o programa?

Chris Flores – Eu acredito que eles estavam vivendo um momento em que estavam cansados de todas as situações que tinham sido vendidas. Eles precisavam de um respiro, precisavam mostrar que são grandes profissionais, que têm muito talento, muita coisa para aparecer pra quem tá em casa e aí gastou-se muita energia com situações desnecessárias. Hoje, graças a Deus, toda energia está canalizada para a gente dar audiência, para a gente fazer o programa alto astral, leve, divertido para quem tá em casa e, acima de tudo, com muito respeito entre equipe.

A equipe é maravilhosa. Não só a gente que está na frente da câmera, mas toda a equipe que faz aquilo tudo acontecer por trás das câmeras. Eu acho que todo mundo ali estava cansado de sofrer. O programa estava precisando entender que era uma nova fase, de se unir, dar as mãos e trazer realmente uma harmonia e uma sintonia. E como eu não sou de brigar com ninguém, detesto me desculpar com as pessoas, para eles foi importante entrar alguém ali que não quer o lugar de ninguém, que não quer causar uma briga, que não quer causar uma situação constrangedora.

Muito pelo contrário… Quer trazer à tona o potencial de cada um. Quer valorizar a personalidade de cada um. Então, acho que foi importante nesse sentido de mostrar para eles que, sim, tem gente que gosta deles e quer valorizar cada um do jeito que é.

RD1 – Como foi chegar no programa em meio a um turbilhão de boatos e, aos poucos, ir construindo essa aproximação com o público?

Chris Flores – Eu sempre fiquei muito tranquila em relação a isso, na hora em que eu recebi o convite, porque eu me dou bem com todos eles: com Esquilo [diretor], com a Lívia Andrade, com o [Gabriel] Cartolano, com o Leão [Lobo]. Me dava muito bem com o Décio Piccinini e com a Mamma Bruschetta. Eu me mantive muito serena porque eu sabia que ia dar certo e sempre gostei muito deles. A gente sempre teve relacionamento independente de eu estar no Fofocalizando. Então, eu tinha certeza e a gente ia ter um momento já de muita alegria, diversão; fosse um momento difícil e mais sério, mais tenso, que a gente resolveria da melhor maneira possível, falando de temas espinhosos. Eu sempre tive essa certeza no coração de que ia dar certo, que a gente ia fazer o melhor para tudo dar certo.

Eu acho que ali, os boatos, as brigas, essas circunstâncias todas foram muito alimentadas por fatores externos e eu acho que todo mundo percebeu, e amadureceu com tudo isso, que não leva nada. E que as pessoas de casa não querem isso, elas querem programa com alto astral no meio da tarde, para poder relaxar, se divertir e se emocionar quando for necessário. Então eu sempre tive essa paz no coração e é um público aqui que já me conhece de outros programas, alguns já sabiam que eu vim da fofoca. Eu vim de programas de variedades, tem a geração nova que não me viu nisso ainda, tá me vendo agora. Mas eles me conhecem pelo Fábrica [de Casamentos], pela reportagem da Eliana, pelo júri no Silvio Santos. E é muito legal porque são muitas gerações assistindo a um programa e muita gente me conhecendo de uma outra maneira agora. Está sendo muito gostoso.

RD1 – O Fábrica de Casamentos volta e você é apresentadora. Como ficará sua situação no Fofocalizando? Saíra nesse período?

Chris Flores – Sim, o Fábrica de Casamentos é um reality show que exige muito de mim. Eu trabalho de domingo a domingo no programa, porque a gente nunca sabe se uma noiva vai ter uma emergência, um familiar ou o noivo. Você vai ter uma circunstância que a gente vai ter que resolver em cima da hora, eu posso estar gravando o programa e a noiva cair no choro e ficar triste, desesperada ou de repente ficar muito emocionada com a situação e precisar de mim. Eu sou a madrinha da noiva e das famílias. Eu e o [Carlos] Bertolazzi passamos muito tempo com eles.

O que vai ao ar é só um pedaço da nossa rotina. E a família confia muito na gente e é um período muito desgastante para um casal, para os familiares também, em um casamento fora da TV. Imagina um casamento na TV feito em sete dias? Emoções estão à flor da pele. Eu já vivi várias situações de noiva brigando com a sogra, de noiva brigando com noivo, pessoas que passaram mal experimentando o vestido… Tem algumas circunstâncias que nem vão ao ar porque não cabem ali e por que a gente preserva também as pessoas. Apesar de ser um reality, a gente tem que ter um respeito muito grande, pois são seres humanos que estão ali e a gente preza por isso e quem está assistindo também merece respeito. Então o Fábrica de Casamentos precisa de muita atenção e eu não posso sair no meio de uma emoção, no meio de uma circunstância e largar no meio de uma gravação porque eu tenho programa ao vivo para fazer.

Ao mesmo tempo eu não posso me comprometer com o Fofocalizando de estar ali ao vivo e de repente faltar porque eu estou no meio de uma gravação do Fábrica; então, seria desonesto da minha parte tanto com um quanto com outro. A garantia é que eu volto para o Fofocalizando. Assim espero, vamos ver o que acontece, mas eu espero que isso se concretize porque eu estou amando fazer os dois, a Eliana, o programa do Silvio Santos… Eu adoro participar de vários programas da emissora, isso me enriquece muito como profissional e como pessoa.

RD1 – Fofocalizando ou Fábrica de Casamentos: o que mais te dá aquele frio na barriga na hora do “vamos ver”?

Chris Flores – Eu tenho um frio na barriga com tudo que eu faço. Eu aprendi isso, que quando não te dá o frio na barriga significa que você não tem mais vontade de fazer e quando você não tem mais vontade de fazer não dá certo. Mas é diferente. Um, por ser ao vivo, você tem que ter uma responsabilidade dobrada no que você tá falando, pois, querendo ou não, a gente influencia as pessoas. Hoje tem as redes sociais, então automaticamente o que a gente falou já cai na rede, para milhões de pessoas que assistem, rapidamente. Então, aquela ideia fica marcada para sempre querendo ou não.

No Fábrica de Casamentos, a responsabilidade é muito grande também porque estamos lidando com a vida real, com o casal que está com precisão de um sonho. Ali a gente é responsável por tornar aquele sonho possível, então são responsabilidades diferentes, mas ambas me dão muito frio na barriga sim, graças a Deus.

RD1 – Sobre seu contrato com o SBT, foi renovado? Se não, há negociações? Como estão?

Chris Flores – O meu contrato com o SBT é vitalício (risos). É um contrato em que eu posso sair ou ficar no tempo em que eu e a emissora quisermos. Eu acho que é um contrato bem democrático, onde você tem que estar com aquela vontade que eu estava dizendo de querer fazer, de querer acontecer. E me dá a chance muito grande de querer ser quem eu sou. De fazer o melhor de mim, de confiar na empresa que eu trabalho… Então eu fico muito feliz porque existe uma confiança desde o primeiro minuto, de quando a gente começou a conversar para fazer esse contrato.

Eu confio muito na direção do SBT, eu confio muito no Silvio Santos. Eu confio demais no [Fernando] Pelegio, que foi a pessoa que me levou para o SBT, de que se o meu trabalho não estiver sendo bem realizado, eles vão conversar comigo e a gente vai tentar fazer o melhor, para melhorar. E se eu tiver atrapalhando, de ir embora e ceder o lugar para outra pessoa.

Temos que ter maturidade para entender que um contrato é válido enquanto a gente é feliz e enquanto fazemos o outro feliz. Ficar preso por causa de um contrato, recebendo sem trabalhar, ou recebendo sem o seu patrão estar feliz por você é muito desonesto e eu não quero passar por isso na minha vida. Então eu prefiro do jeito que está. Está muito bom assim.

RD1 – Como você avalia a audiência e o atual momento do Fofocalizando?

Vale o que audiência está respondendo às nossas mudanças, à nossa nova postura no Fofocalizando, as nossas brincadeiras descontraídas. Existem fatores que independem do nosso trabalho. Tem uma questão de ajuste de grade de programação, de entrega, de estar sol ou chovendo, se é feriado ou férias. Há vários fatores que devem ser analisados. A construção de uma audiência é muito mais do que simplesmente aquele número que está ali, minuto a minuto. As pessoas costumam olhar para aquilo e avaliar de uma maneira rasa audiência.

Existe uma questão do share, de uma participação que você tem com os televisores ligados, como você pega [a audiência], como você entrega para o próximo programa, quanto você sobe de audiência e quanto que você cai, o quanto que você derruba em determinadas circunstâncias, o quanto que você eleva, o quanto que você mantém durante o intervalo. Tudo isso, a direção da casa avalia e isso é muito importante para nós.

Quando milhões de pessoas estão repercutindo, como é a repercussão digital, então, tudo isso faz parte da análise de como está indo o programa e se o programa não estivesse indo bem, certamente não estaria na grade de programação. Então ele tem o faturamento que está crescendo, anunciantes estão olhando o programa com outros olhos, estão voltando, estão chegando, estão mantendo. Isso é muito legal. A gente começa a ver uma resposta tanto da audiência quanto da parte comercial, o que é muito legal e eu tenho certeza que, para o ano que vem, a gente vai melhorar ainda mais. É que as pessoas precisam resgatar a confiança que tinha no programa. É entender que a gente tá lá para fazer o melhor, quer fazer e está fazendo cada vez mais.

Claro que a gente erra, a gente pode melhorar ainda mais, mas a gente precisa ter essa troca com o telespectador e o telespectador precisa entender que a gente está dando tudo que a gente pode dar para levar para ele o melhor. Então, o intuito dessa confiança e esse respeito, a gente vai arrebatando aos poucos. Construir é difícil, destruir muito fácil e reconstruir é mais difícil ainda. Agente está nesse processo de reconstrução, que certamente já está mostrando resultados e eu espero que a gente consiga demonstrar ainda mais para todo mundo.

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Reuber Diirr

Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!