Os bastidores de um Buteco do Gusttavo Lima que aconteceu em janeiro, no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro, foi marcado por um grave acidente.
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Segundo a coluna de Fábia Oliveira, do jornal O Dia, na noite que antecedeu o show, Denival Gomes Barreto, de 60 anos, estava andando de bicicleta e levou um tombo após não reparar a presença de uma rampa que fazia parte da produção do evento montada no meio da ciclovia da Avenida Salvador Allende.
Na ocasião, o senhor foi socorrido pela ambulância que estava com a equipe. Levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, Denival descobriu que estava tetraplégico.
De acordo com a publicação, Giorgio Santoni, advogado da família da vítima, alegou que a Mix Forever LTDA, empresa responsável pela montagem da apresentação, não havia colocado sinalização sobre a rampa.
“Era de noite, por volta das 21h. Ele estava voltando de Botafogo para a casa dele na Taquara. Estava cansado já. Não havia qualquer sinalização previamente que indicasse a rampa obstruindo a ciclovia”, disse. “Se ele não tivesse de capacete e com os equipamentos de segurança, ele tinha morrido na hora. O impacto foi muito violento e ele bateu com a cabeça”, contou o profissional.
Segundo o advogado, a empresa se comprometeu a pagar pelo tratamento de Denival Gomes, mas até o momento nada foi realizado. “Não foi prestada qualquer assistência. Por um pedido nosso, eles chegaram a levar o Denival para fazer uma ressonância, porque o hospital público que ele estava não tinha esse exame. A única coisa que eles fizeram foi contratar uma ambulância pra levá-lo ao exame”, disse Giorgio Santoni.
“Eles disseram que tinha um seguro que faria o pagamento das despesas necessárias, mas nunca houve contato conosco de nenhuma seguradora e nunca houve pagamento de qualquer valor pra família, que sempre prezou por um acordo. Mas como não houve, estaremos entrando com uma ação judicial”, completou.
Sem o pagamento prometido, a vítima contou com o apoio de pessoas próximas. “Ele foi operado, teve alta e fizeram uma vaquinha entre a família para pagar uma casa de repouso pra ele ficar, porque ele não podia mais morar sozinho. Não tem elevador no prédio dele e ele não tinha com quem ficar. Só que agora não há mais condição de ele continuar lá, pois a família não tem como pagar”, informou o advogado.
“Ele está ficando com os membros atrofiados, pois também não há como pagar a fisioterapia. Se não fizer a fisioterapia, o quadro dele pode se tornar irreversível. Ele também precisa de um psicólogo e principalmente de remédios, porque ele sente muita dor. Informamos isso tudo pra empresa, eles disseram que encaminharam para a seguradora e lavaram as mãos”, declarou.
De acordo com a publicação, a assessoria de Gusttavo Lima foi procurada e se pronunciou através de uma nota. Confira:
“A BALADA EVENTOS, diante da notícia que está circulando nos meios de comunicação a respeito de um incidente com um ciclista, ocorrido durante a montagem da estrutura do evento Buteco do Gusttavo Lima, realizado na cidade do Rio de Janeiro em 4 de janeiro de 2020, vem a público esclarecer o quanto segue.
O evento “Buteco RJ” foi organizado pela BALADA EVENTOS e AudioMix em parceria com empresas locais. Em cada cidade por onde passa, as empresas promotoras contratam empresas terceirizadas para execução de determinados serviços, dentre eles a montagem da estrutura, montagem de palco, entre outros. Na edição ocorrida no Rio de Janeiro no dia 04 de janeiro de 2020, a montagem do palco e estrutura do show foi realizada por uma destas empresas contratadas.
Ao que se apura da reportagem, na noite que antecedeu a edição do Buteco, os funcionários da empresa responsável pela montagem da estrutura, utilizaram, parte da ciclovia para alocar os materiais que estavam utilizando, sendo que o ciclista colidiu-se com este material e foi socorrido por uma ambulância contratada para o evento. Na declaração do ciclista na mencionada reportagem, ele afirma que “viu dois homens trabalhando em uma escada”. Referidos profissionais eram colaboradores da empresa terceirizada contratada para montagem da estrutura do show.
Após o incidente, o ciclista recebeu assistência da empresa contratada para a montagem do palco, inclusive já tendo sido acionado para o caso o seguro contratado de praxe em todos os eventos, logo após o incidente e ainda solicitado aos representantes do ciclista diversos documentos requeridos pela seguradora, para avaliação do sinistro, sendo que os representantes do ciclista se recusam a enviar referida documentação.
O advogado do ciclista procurou a BALADA EVENTOS e AudioMix, que já convocaram as demais empresas responsáveis pela edição do evento, que estão em tratativas, porém ainda não se compuseram em razão da necessidade de documentos para avaliação da seguradora.”
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