Com orçamento de meio bilhão, EBC tem quase R$ 400 mil só em salário

EBC
Ministro das Comunicações, Fábio Faria, em evento no Palácio do Planalto (Imagem: Reprodução / Globo)

O final de semana anterior ao Dia Internacional da Mulher foi de tensão no Twitter entre o ministro Fábio Faria, das Comunicações, e jornalistas no Twitter. Entre as questões levantadas, a imprensa questionou o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a EBC.

Ele foi indagado sobre a promessa do “capitão”, de que fecharia a TV Brasil, emissora do governo que não dá audiência ou lucro. Em resposta, o marido de Patrícia Abravanel argumentou que era difícil encontrar um comprador disposto a investir numa emissora de TV que tem 550 milhões de prejuízo por ano.

Fábio Faria errou no valor e no que ele corresponde. Segundo informações do jornalista Ricardo Feltrin, da Splash, o valor informado por Faria é o orçamento total da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), e o montante paga os 1.879 funcionários concursados e nomeados (cargos de confiança) e prestadores de serviços.

Somente a TV Brasil custa aos cofres cerca de R$ 412,5 milhões, ou seja, 75% do montante disponível no orçamento. Dos R$ 550 milhões, R$ 378,4 milhões são de salários para os funcionários da empresa. Sendo assim, o custo operacional é menos da metade do custo dos salários.

Em 2015, a EBC custou aos cofres públicos R$ 560 milhões. Em 2016, no último ano do Governo Dilma, o valor subiu para R$ 595 milhões. Em 2017, com o país sob o comando de Michel Temer, o montante cresceu para R$ 603 milhões, e em 2018 deu um salto para R$ 678 milhões.

No primeiro ano do Governo Bolsonaro, a EBC arrematou R$ 549 milhões. No ano passado, com a pandemia em alta e a paralisação dos trabalhos em praticamente todas as emissoras de TV do país, o custo da EBC foi de R$ 540 milhões.

A maioria do dinheiro em publicidades da EBC vem do governo ou de estatais. Segundo a presidência da EBC, R$ 200 milhões em verbas são adquiridas da CFRP (Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública). A contribuição é paga por empresas de telecomunicações.

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