Como o JN noticiou a morte de Michael Jackson, há exatos 11 anos

Rodrigo Bocardi cobriu morte de Michael Jackson

Rodrigo Bocardi cobriu morte de Michael Jackson para o JN (Imagem: Reprodução / Globo)

Há exatos 11 anos, em 25 de junho de 2009, o mundo se despedia de Michael Jackson. Na tarde daquele dia, o Rei do Pop foi vítima de uma parada cardíaca, em sua casa, em Los Angeles.

Quando a notícia se espalhou, já era noite aqui no Brasil. Primeiro, Fátima Bernardes, a então titular do Jornal Nacional, ancorou um plantão na programação. Neste boletim, com direito a vinheta clássica, informava que o cantor havia sido internado após sofrer um ataque cardíaco.

A titular também acrescentava que ele teria sido reanimado na ambulância, ainda a caminho do hospital. Em seguida, traçou um rápido perfil do Rei do Pop, que começou a carreira cantando ao lado dos irmãos na banda Jackson’s Five.

Ainda no flash, foi destacado que o cantor foi acusado de abusar de crianças, além do fato de ter gasto todo o dinheiro que ganhou, o que o levou à falência.

Assista:

A morte de Michael Jackson no JN

Assim que o JN começou, de fato, as informações ainda eram desencontradas. Na escalada, o assunto ainda foi tratado como internação, muito embora tenha sido feita a ressalva de que “alguns dos jornais mais importantes dos Estados Unidos afirmam que ele está morto”.

Logo na abertura, a então correspondente em Nova York Giuliana Morrone [hoje em Brasília] fez a sua primeira entrada. Nesta participação, ela afirma que quando foi levado para o Centro Médico, Michael Jackson já não respirava.

“Aos 50 anos, o cantor preparava seu retorno aos palcos, numa série de 50 shows em Londres. Todos os ingressos estavam esgotados. Com três filhos, MJ teve a carreira marcada por muito sucesso e a vida cheia de polêmicas”, prosseguiu rememorando a acusação de abuso sexual.

Momentos depois, Giuliana volta ao ar para informar que a Globo havia ligado para o Instituto Médico Legal de Los Angeles, e o órgão havia confirmado a morte.

Bocardi em NY

Às 21h01 de Brasília, a correspondente volta para comentar a repercussão da notícia. Logo em seguida, é exibida uma reportagem produzida por Rodrigo Bocardi, atual titular do Bom Dia São Paulo.

“Era hora do almoço na Califórnia – fim da tarde no Brasil – quando os paramédicos foram chamados. E eles encontraram Michael Jackson em casa, inconsciente, sem respirar, sem batimentos cardíacos”, iniciava o texto do VT.

A reportagem também lembra que a mudança da data do primeiro show – de 8 para 12 de julho – levantou suspeita sobre as condições físicas do cantor. Ele estaria, aos 50 anos, pronto para encarar uma temporada tão intensa de trabalho?

Ao final da matéria, Giuliana lembra que “a confusão em torno do estado de saúde de Michael Jackson, com informações desencontradas sobre internação e morte foi o último episódio de uma carreira atribulada. MJ foi do céu ao inferno, arrebatou milhões de fãs, trouxe para a cena um novo jeito de dançar e de cantar. Mas também sofreu acusações de abuso sexual, e perdeu parte da fortuna”.

No obituário, conduzido por Lília Telles. a repórter relembra as façanhas do astro, suas inovações e conquistas no meio musical. Também há espaço para as polêmicas com as quais o popstar esteve envolvido.

No encerramento, desconcertada com a cobertura, Fátima comete um equívoco: “Outras informações sobre a morte de MJ, que completaria 51 anos agora, dia 29 de agosto, você vai ter no Jornal Nacional, depois de Força-Tarefa”. Bonner então a corrige: “É depois do Jornal da Globo”.

Assista ao compilado com os principais trechos da edição:

Fátima, então, permaneceria no JN por mais dois anos e meio, aproximadamente. Curiosamente, 25 de junho viria a se consolidar como um dia importante para a sua carreira. Há exatos oito anos, estreava o Encontro.

Piero Vergílio
Escrito por

Piero Vergílio

Piero Vergílio é jornalista profissional desde 2006. Já trabalhou em revistas de entretenimento no interior de SP e teve passagens pelo próprio RD1. Em tempos de redes sociais, criou um perfil (@jornalistavetv) para comentar TV pelo Twitter e interagir com outros fãs do veículo. Agora, volta ao RD1 com a missão de publicar novidades sobre a programação sem o limite de 280 caracteres.