José Luiz Datena não escondeu a possibilidade de repetir a decisão de desistir das eleições. O apresentador do Brasil Urgente e pré-candidato à prefeitura de São Paulo admitiu que a pandemia do novo coronavírus pode tirá-lo da disputa prevista para outubro.
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Em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista usou as mortes e a crise econômica como argumentos para a possível desistência. “Eu já estava em dúvida, mas agora [a eleição] não é minha prioridade. Eu não sei o que te dizer, o que te responder”, afirmou à reportagem.
“Não é minha prioridade”, enfatizou. “Estou vendo tanta gente morrer, tanta gente passando fome, que não é minha prioridade. Estou vendo que meu papel como jornalista está sendo importante para ajudar as pessoas. Eu não sei se seria o momento de parar agora”, analisou.
Principal rosto da cobertura da Covid-19 do Grupo Bandeirantes, o apresentador já entrevistou o presidente Jair Bolsonaro três vezes, uma em seu programa na Rádio Bandeirantes, e outras duas na Band, ao vivo, no Brasil Urgente. Além do Chefe do Executivo, Datena abriu espaço para outras autoridades.
Caso mergulhe de vez na política e entre na disputa pelo principal gabinete da capital paulista, o pai de Joel Datena terá que deixar seus programas até dia 30 de junho. “Três horas na rádio, três na TV. Acho que estou ajudando com meu papel de jornalista levando a informação. Nem faço mais cobertura policial. É só política e a cobertura do coronavírus”, disse.
O veterano cogitou o novo adiamento para que concorra ao Senado em 2022. “Hoje não me faria falta a eleição. Sei lá, talvez eu aguarde para mais tarde para o Senado, o que eu sempre quis”, apontou.
Com a pandemia, conversas sobre possíveis alianças foram suspensas, como a possibilidade de ele dividir a chapa com o atual prefeito de SP, Bruno Covas (PSDB). “Nós não falamos mais sobre isso. Ninguém falou comigo sobre aliança. Se eu tiver que sair sairia a prefeito mesmo pelo MDB. Mas não estou pensando nisso. E tenho a impressão que o prefeito também não, porque ele está enfrentando uma pandemia”, avaliou.
O futuro político defendeu o uso do fundo eleitoral, cerca de R$ 2 bilhões, para ajuda ao combate contra o novo vírus. “Os políticos deveriam pensar em abrir mão do fundo eleitoral. Reduz para R$ 1 bilhão ou o mínimo possível. Se for ter eleição, eu sou favorável de o cara fazer a campanha com telefone celular. Não dá para gastar um dinheirão com eleição um país que com certeza ficará com cicatrizes depois dessa pandemia”, especulou.
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