Demitido, ator da Globo revela mágoa e preocupação com a saúde

Stenio Garcia

Ex-ator da Globo, Stênio Garcia desabafa após demissão (Imagem: Reprodução / Instagram)

Após duas semanas da sua demissão da Globo, Stênio Garcia fez um longo desabafo. O veterano de 87 anos fez elogios à emissora, mas não poupou críticas contra o atual chefão da dramaturgia, Silvio de Abreu, e garantiu que sua saúde foi bastante afetada com a sua saída da casa, considerada por ele como “brutal”.

Ao site F5, o ator lembrou que esteve como contratado da emissora da família Marinho por 47 anos, interpretando mais de 60 personagens durante sua carreira na casa, entre eles o Aleijadinho no especial Poema Barroco (1977), o caminhoneiro Bino de Carga Pesada (1979), Zé do Araguaia em O Rei do Gado (1996) e Ali El Adib em O Clone (2001).

“Na verdade, eu nunca tive impasse algum com a Globo”, afirmou. “Eu, inclusive, considerava a emissora a minha casa, aonde eu dediquei à minha vida. Saía de um trabalho e entrava no outro – isso quando não fazia dois ao mesmo tempo. Tenho muito amor, respeito e gratidão à emissora e à família Marinho. Eu nunca tive e nunca vou ter embate com ela”, disse.

Segundo Stênio, Silvio nutriu desavenças com ele desde 1968, quando o agora ex-global traiu a amiga do diretor, a atriz Cleyde Yáconis (1923-2013). “Foi um erro meu, que eu pedi perdão. Fui um homem inconsequente; eu me apaixonei e perdi essa grande mulher, maravilhosa, extraordinária, que eu amo até hoje, e que talvez tenha sido a mulher mais importante da minha vida”, considerou.

“Ele [Silvio de Abreu], como grande amigo dela, ficou com ódio de mim – e com razão, já que foi ele quem viu ela sofrer e esteve do lado dela”, apontou. As palavras leves contra Abreu duraram pouco. Na entrevista, Garcia disparou: “Essa pessoa, que me recuso a falar o nome, está tentando destruir minha vida e da minha família. É um cancro. Os meus direitos eu vou pedir. Se eu tiver que ir à Justiça, não será contra a Globo. Será contra essa pessoa”.

O famoso deu detalhes sobre os problemas de saúde durante os sete anos em que esteve afastado da emissora (Silvio de Abreu assumiu a direção da dramaturgia em 2014, quando Manoel Martins se aposentou), e com o anúncio da sua saída da Globo.

“Isso tudo me abalou muito, e acabei desenvolvendo problemas para a minha saúde mental. Tive depressão e tenho muitos vômitos inesperados desde o ano passado. Minha pressão e ácido úrico estão desregulados, e tive um problema de líquido aumentando no cérebro e duas microisquemias cerebrais”, listou.

“Meus remédios e tratamento de saúde são mais caros que a minha aposentadoria. Imagina comer, se exercitar, colocar gasolina no carro… Não tem como viver, e isso está me matando. Estou perdido e se chão”, admitiu.

Da Redação
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