Em tempos de crise, jogador de futebol vira feirante

Gedeilson Oliveira
Gedeilson Oliveira vende frutas na feira e treina em casa (Imagem: Arquivo Pessoal)

Sem contrato e sem renda, Gedeilson Oliveira precisou tomar uma atitude com a chegada da crise por consequência do coronavírus. Se não fosse a pandemia, ele estaria no campo do Madureira, time do Rio de Janeiro, no entanto, como a necessidade falou mais alto, o atleta teve a ideia de abrir uma barraca de frutas em uma feira em Bangu, na zona oeste carioca.

“A vergonha que teria seria de chegar em casa e minha filha pedir alguma coisa e eu falar pra ela que não poderia dar. Pra não chegar a esse ponto, preferi agir antes. Não tenho vergonha. Muitos jogadores teriam vergonha, mas se eu tivesse chance de deixar uma mensagem pra eles seria para colocar vaidade de lado, que não leva o ser humano a lugar nenhum”, aconselhou Gedeilson, em conversa com a coluna de Leo Dias, do UOL.

O dia de Oliveira começa cedo. Às 6h30 ele já acorda e coloca tudo no carro para levar para Trevo da Boária, em Bangu, e na sequência montar o espaço de suas vendas. Quando o trabalho termina, ele inicia outro. Chegando em casa, o jogador ainda treina no seu quintal.

Eu, hoje, desempregado e sem contrato, consigo ajudar duas famílias: são duas pessoas trabalhando na barraca”, explicou o atleta, que precisou contratar dois funcionários para o seu negócio e ainda abriu mais duas barracas em feiras dentro de condomínios em Bangu, mesmo bairro em que mora com a esposa e a filha.

Pretendendo manter as barracas mesmo quando as coisas voltarem, Gedeilson disse: “Por causa da pandemia tive que mudar algumas coisas da minha vida até mesmo para não viver na pior. Esse vírus mudou a vida de todo mundo, ego não cabe dentro de mim”.

Tive essa ideia e conversei com a minha mulher. Ela concordou comigo e no mesmo dia fui falar com meu barbeiro que estava a fim de montar uma barraca na frente da barbearia dele e ele pediu uma ajuda ao pai que estava desempregado. Quando ele falou, vi que era a confirmação para o que eu queria. Montei a barraca e dei o emprego pro pai dele, o Cosminho. Não sabia quando o futebol retornaria, quando eu voltaria a receber e ter contrato. Acabei também pensando nisso para ajudar o Cosminho e também para me ajudar. Agora, temos bastante pedidos e entregamos em casa“, explicou.

Gedeilson Oliveira
Gedeilson Oliveira começou a vender frutas na feira (Imagem: Arquivo Pessoal)
Gedeilson Oliveira
Gedeilson Oliveira contratou duas pessoas para o seu negócio (Imagem: Arquivo Pessoal)

 

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#treinoemcasa Prestem atenção na minha filha falando,no final do vídeo ??????

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