O livro Éramos Seis, que já teve boas versões em outros tempos, tanto na TV Tupi quanto no SBT, aqui sua melhor releitura com Irene Ravache à frente do elenco e Nilton Travesso na direção, mostra na Globo um desencanto de texto e roteiro.
Não é o mesmo espírito de novela. Não é a mesma nostalgia do livro. Não é a mesma interpretação de Dona Lola, definida por Irene Ravache e tímida na interpretação de Gloria Pires.
Quando uma boa atriz tem uma interpretação ruim, ou o texto não serve ou a direção está impotente. E neste caso temos as duas posturas, além da já tradicional pouca luminosidade de cena, que já está cansando na Globo.
Parece que os diretores decidiram recriar o cinema “noir” francês nas novelas. Até a tristeza quando apresentada na folhetim tem que ter luminosidade para que não seja triste.
Isso se chama dramaturgia. Isso é fazer novela com objetivo de ganhar a dona de casa. O restante é apenas o alimento ao ego do diretor ou autor.