Eu, a Vó e a Boi, do Globoplay, traz crônica ácida da polarização no Brasil

Eu, a Vó e a Boi

Yolanda, a Boi (Vera Holtz), Roblou (Daniel Rangel) e Turandot (Arlete Salles) de Eu, a Vó e a Boi, série do Globoplay (Imagem: Estevam Avellar / Globo)

A nova série do Globoplay, Eu, a Vó e a Boi, vai apostar em muito humor com as veteranas Vera Holtz e Arlete Salles, que deram uma leve amostra de como surgiu a ideia para a criação da história. Tratam-se de fatos acontecidos no Twitter e que retratam muito mais do que as redes sociais.

Essas e muitas curiosidades foram reveladas por Arlete Salles e pelo diretor Paulo Silvestrini durante a CCXP19, que aconteceu no último final de semana, em São Paulo.

É bastante contemporânea, uma crônica ácida e inteligente. A gente encontra ali um pouco da nossa vida, do momento que estamos vivendo nesse país. É a representação das pessoas com sentimentos tão apaixonados e antagônicos“, contou Paulo. “É a polarização, o ódio de todos os lados que estamos vivendo“, emendou Arlete Salles.

A trama tem roteiro de Miguel Falabella, que apresenta a história de duas famílias afastadas pela rivalidade de suas matriarcas: Turandot, interpretada por Salles, e a Boi, por Holtz.

Silvestrini ainda contou que se inspirou em filmes de faroeste para compor o clima de tensão e disse que teve grande inspiração em Quentin Tarantino. A série trará as personagens conversando diretamente com o público, com total inspiração em outros títulos do gênero como Modern Family e Fleabag.

Veja:

Nova série do Globoplay, Desalma é promessa no gênero de terror

A mais nova série do Globoplay, Desalma, foi apresentado durante a CCXP19, que aconteceu entre os dias 5 e 8 de dezembro, em São Paulo. A feira, que reúne milhares de fãs do mundo Geek, traz as novidades que acontecerão no próximo ano nas plataformas digitais como Amazon Prime Video, Netflix, além dos grandes produtores de conteúdo como Warner Bros., HBO, dentro outros.

O Grupo Globo apostou em uma arena para lá de diferente, em um formato 360 graus e que recebeu uma série de convidados do elenco da própria Globo. Dentre as apresentações, a série de terror Desalma acabou chamando a atenção de quem passava pelas imediações da casa, montada dentro da CCXP.

Com previsão de estrear em março de 2020, Desalma teve sua autora, Ana Paula Maia, bem como o diretor artístico, Carlos Manga Jr, presentes para contar um pouco das novidades da trama.

“Tem um drama humano, que envolve as pessoas. O sobrenatural aparece com uma necessidade de justificar o passado ou de não aceitar as nossas perdas. Essa não aceitação faz com que o sobrenatural venha à tona”, disse Manga, que ainda falou sobre a ambientação em duas épocas: em 1988 e 2018.

Ele contou que o thriller de terror vai mostrar, pela primeira vez no mercado brasileiro, um subgênero chamado “drama sobrenatural”, em seus dez capítulos.

A atriz Cássia Kiss, que não esteve presente no local, interpreta a bruxa da linhagem chamada Haia Lachovic. Maia ainda reforçou que a bruxa traz muito mistério à trama.

A história é ambientada na floresta de São Francisco de Paula, na região da serra gaúcha, e tem começo em 1988, quando um crime acontece na cidade fictícia de Brigida, cuja inspiração é nas colônias ucranianas – fato que será revelado durante a festa típica conhecida como Ivana Kupala.

Embora o fato tenha sido “solucionado” 30 anos depois, em 2018, outros aspectos chamarão a atenção a fim de mostrar que o crime não fora resolvido. A trama tem um pano de fundo cultural marcante e a diretora fez questão de explicar: “Ivana Kupala tem todo embasamento da mitologia eslava e é uma festa pagã que foi absolvida no calendário católico mas ainda assim é uma festa de bruxas”.

Na produção, as personagens de Claudia Abreu (Ignes) e Maria Ribeiro (Giovana) são mulheres que precisam enfrentar o sobrenatural por conta de estranhos acontecimentos que ocorrem com os seus entes queridos. No caso de Ignes, seu filho Anatoli (João Pedro Azevedo) começa a ver espíritos, e Giovana lida com a morte do marido Roman Skavronski (Eduardo Borelli/Nikolas Antunes), que cometeu suicídio.

Sem sangue e maniqueísmo entre “bem versus mal”, Manga disse que o drama sobrenatural vai cair no gosto dos fãs que gostam de maratonar. “Os episódios são muito bem amarrados, essa nova geração que maratona série de streaming’s vai adorar“, garantiu o diretor.

Reuber Diirr
Escrito por

Reuber Diirr

Reuber Diirr é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Integrante do 17º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Globo ES), teve passagens pela Record News ES, TV Gazeta ES e RedeTV! SP. Além disso, produz conteúdo multimídia para o Instagram, Twitter, Facebook e Youtube do RD1. Acompanhe os eventos com famosos clique aqui!