Ellen Ferreira, jornalista e ex-âncora do JN que acusou o seu ex-chefe de assédio sexual, se manifestou mais uma vez sobre o ocorrido. Em entrevista ao jornalista Leo Dias, do jornal Metrópoles, a ex-funcionária da Globo falou abertamente sobre o que definiu como “meses de inferno” ao lado do ex-diretor de jornalismo da Rede Amazônica, Edison Castro.
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“Ele surgiu como novo gestor na emissora de Roraima, com a ideia de mudar e fazer um novo jornalismo”, iniciou Ellen. “Nós ficamos ansiosos e com a expectativa boa. Com o tempo, a gente foi convivendo e observando alguns pontos de comportamento que chamaram a atenção, por ser arrogante, vaidade extrema, ego muito alto”, contou.
A apresentadora falou que ela e outros funcionários eram humilhados e assediados. “Pessoas sofriam diariamente assédio moral, sexual, e todo um clima pesado”, acusou. “Era um ambiente que não seguia nenhuma linha profissional, era desrespeito com todos os funcionários ali. Ele fazia a política de perseguição”, reafirmou.
A ex-âncora do JN revelou que passou por situação marcantes. “Eu passei por essa situação, ele chegada a dizer na mesa que não gostava de mim e que tinha repugnância”, relatou ela, que ressaltou o pedido de ajuda para além da direção da Globo no Rio de Janeiro. “Os últimos quatro meses foram bem intensos, a gente pediu ajuda do Sindicato dos Jornalistas, entramos em contato com o Ministério Público do Trabalho, nós tínhamos provas com gravações, prints, áudios dele gritando, constrangendo as pessoas”, apontou.
Ferreira confessou que não imaginava que a denúncia contra o ex-chefe voltaria contra ela. “Eu tinha o sonho de voltar para o JN, de voltar para a bancada, de fazer o que eu gosto, e de repente… Se temos saúde, vamos seguir”, desabafou. “Eu vivi meses de inferno com Edilson Castro. Um momento muito difícil”, declarou.
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