Longe do vídeo desde Verão 90 (2019), Jesuíta Barbosa é, data hoje, o nome mais cotado para Jove, protagonista jovem de Pantanal. A coluna Curto-Circuito apurou que Rafael Cardoso, diferente do que andaram ventilando por aí, não está entre os escalados para o remake que a Globo lança – salvo alterações de última hora – em 4 de outubro.
VEJA ESSA
Para quem não acompanhou o clássico de Benedito Ruy Barbosa na Manchete, Jove (então Marcos Winter) é um rapaz franzino, criado pela avó Mariana (Nathalia Timberg), a mãe Madeleine (Ingra Lyberato / Ittala Nandi) e a tia Irma (Carolina Ferraz / Elaine Cristina). Em dado momento, ele decide aproximar-se do pai José Leôncio (Paulo Gorgulho / Cláudio Marzo), de quem herdou o espírito aventureiro.
A presença de Jove no Pantanal causa estranhamento entre os peões da fazenda de Zé Leôncio. O próprio reage ao refinamento do moço – há diversas sequências em que a sexualidade dele é questionada, inclusive pelo pai.
Jove, contudo, encanta-se por Juma (Cristiana Oliveira), figura selvagem que, dizem, vira onça quando acuada, tal qual a mãe Maria (Cássia Kis).
Jesuíta atende ao tipo exigido pelo papel. As notícias sobre Rafael Cardoso, aliás, causaram estranhamento pelo porte do ator; houve quem pichasse a versão da Globo por conta do “Jove crossfiteiro”.
Atualizado por Bruno Luperi e dirigido por Rogério Gomes, Pantanal – o remake contará com Marcos Palmeira e Dira Paes como intérpretes de José Leôncio e Filó (antes Jussara Freire) – conforme informação divulgada com exclusividade aqui no RD1, em outubro do ano passado. Tadeu, que foi de Palmeira, agora está com José Loreto. Enrique Diaz, recém-saído de Amor de Mãe, deverá assumir o pai de Juma, Gil (José Dumont em 1990).
Pedido atendido
Letícia Spiller, que, em entrevista ao É de Casa, manifestou o desejo de atuar em Pantanal, deve ser atendida. A atriz é cotada para Madeleine. Resta saber se a trajetória da personagem na regravação seguirá a sinopse original de Benedito Ruy Barbosa ou a “meia-sola” que o pai da ideia foi obrigado a fazer no enredo após a repentina saída de Ittala Nandi do elenco – para dedicar-se a um filme.
Vértice do triângulo amoroso formado com Zé Leôncio e Filó, Madeleine deveria modificar-se por completo após sobreviver à queda de um avião, com o apoio do mítico Velho do Rio (Cláudio Marzo na primeira versão; sem intérprete, até o momento, após a recusa de Antonio Fagundes). Com a saída de Ittala do folhetim, o desastre aéreo foi fatal.
Que maldade…
De uma influente figura da Record sobre a possibilidade de Caio Castro apresentar A Fazenda 2021: “Sim, com certeza será o Caio Castro. Está tudo certo. Assim como Faustão no comando do Hoje em Dia, Luciana Gimenez no Jornal da Record e o craque Neto protagonista de novela bíblica”.
Vem Pra Cá?
Após a reaproximação de Ticiana Villas Boas da Band, dado o balde de gelo lançado por Silvio Santos, há quem defenda a ideia de lançar uma revista eletrônica na faixa das 9h às 11h. O projeto absorveria a dupla Ticiana e Ivan Moré, rejeitada pelo dono do SBT, e incluiria Edu Guedes, dono da faixa atualmente.
Cadê o Domênico?
Amor de Mãe, novela de Manuela Dias, volta hoje (1°) à tela da Globo. Até o próximo dia 12, o público poderá acompanhar os melhores momentos da primeira fase desta que, para estes colunistas, figura entre as grandes produções das nove nestes últimos tempos. Drama da melhor qualidade, Amor de Mãe acabou tachada de cult apenas por oferecer diálogos bem articulados, embalados pela competente direção de José Luiz Villamarim e os excelentes desempenhos de todos os nomes do elenco.
Em cena, os clichês de toda boa trama: a mãe que busca pelo filho; a vilã que impede tal encontro. O estranhamento talvez tenha se dado porque Lurdes (Regina Casé em estado de graça) é gente como a gente. A heroína foge da aura de mocinha romântica – por consequência, desprovida de QI e sagacidade – que textos tatibitates da faixa teimam em oferecer. Thelma (Adriana Esteves) é a malvada construída aos poucos, que quase escapa deste título quando observamos suas motivações. Não tem o selo de má na testa, ainda bem!
A volta do novelão
Na mesma linha de Amor de Mãe, temos A Vida da Gente (2011), em edição especial às 18h também a partir desta segunda-feira. A autora Lícia Manzo não envereda pelos já conhecidos signos novelísticos diante da relação conflituosa das irmãs Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manuela (Marjorie Estiano). As duas se amam intensamente, mas um acidente que deixa Ana em coma por sete anos faz com que Manuela assuma a criação da filha dela. E também o relacionamento com Rodrigo (Rafael Cardoso)…
Quando Ana desperta, Manu e Rodrigo estão casados; a pequena Júlia (Jesuela Moro) trata a tia por mãe. A reconstrução de tais relações norteia a narrativa, que conta ainda com os brilhantes desempenhos de Ana Beatriz Nogueira (Eva, mãe das protagonistas), Gisele Fróes (Vitória, treinadora de tênis com moral aparentemente ilibada) e Regiane Alves (Cris, a amoral personal trainer que seduz o cliente rico). Ainda, Nicette Bruno em seu grande momento na última década, o da Vó Iná. Só a oportunidade de “reencontrar” Nicete já faz a reprise valer a pena.
Próxima das 18h
Enquanto A Vida da Gente ocupa o horário das seis, a equipe de Nos Tempos do Imperador dá continuidade aos trabalhos da próxima produção inédita da faixa. Vivianne Pasmanter vem divulgando os bastidores das gravações de sua Germana – figura resgatada de Novo Mundo (2017) –, ainda mais horripilante com o passar dos anos. É provável que a trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão seja lançada em agosto, com os trabalhos praticamente concluídos.
Quem vem lá?
A CNN Brasil comemora seu primeiro ano no ar no próximo dia 15. Para a data, o canal chefiado por Douglas Tavolaro promete anunciar novos desfalques à concorrência. A coluna apurou que há dois nomes da Globo, um homem e uma mulher, e um da Record na mira da “inconfundível”.
E o Chico, gente?
A coluna ficou sabendo que o contrato de Chico Pinheiro, fora do vídeo por fazer parte do grupo de risco da Covid-19, com a Globo teria chegado ao fim em setembro do ano passado. No entanto, o jornalista e a emissora dispõem de um modelo de parceria comum ao SBT: por tempo indeterminado, isto é, dura até uma das partes solicitar o rompimento, o que deve ser comunicado com 30 dias de antecedência. Ou seja: o Chico continua global. Ainda.
Dança das cadeiras
A propósito, a Globo segue determinada em promover uma dança das cadeiras em seus telejornais, com foco principalmente no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje e nos locais de São Paulo. A emissora não desistiu de colocar Rodrigo Bocardi para fazer dupla com Ana Paula Araújo no BDBR. O jornalista, porém, segue resistindo. Os nomes de Hélter Duarte e Ana Luiza Guimarães são opções.
Noveleiros de plantão
Por fim, vale destacar a chegada de Vamp no Globoplay. O clássico de Antonio Calmon, exibido em 1991 às 19h, será disponibilizado pelo streaming hoje. A obra traz Natasha (Claudia Ohana), cantora de rock que sela um pacto com Conde Vlad (Ney Latorraca) – figura aterrorizante que, para deleite do autor e da audiência, transformou-se de imediato em um vampiro bem camarada.
Para livrar-se da nefasta influência do amado, Natasha desembarca em Armação de Anjos, onde um homem de sobrenome Rocha conseguirá salvá-la. Será Jonas (Reginaldo Faria), o capitão da Marinha que uniu-se a Carmem Maura (Joana Fomm), levando doze crianças, seis de cada lado, para debaixo do mesmo teto? É mistério, é agito, é boa opção para os noveleiros.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]