Fábio Porchat diz que filme polêmico não faz apologia à pedofilia: “Mostra mundo perverso”

Fábio Porchat

Fábio Porchat reagiu às críticas e acusação por filme (Imagem: Reprodução / Globo)

Fábio Porchat gravou um vídeo para o Jornal Nacional, da Globo, onde revelou espanto após o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinar a suspensão da disponibilização, exibição e oferta do filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, de 2017.

A produção de Danilo Gentili voltou a ser associada à pedofilia por perfis bolsonaristas nos últimos dias. No filme, o apresentador do GNT interpreta o personagem Cristiano, vilão que está envolvido na cena criticada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias.

“Eu interpreto um vilão. É um personagem mau, que faz coisas horríveis. Um vilão pode ser racista, nazista, machista, pedófilo, matar ou torturar pessoas. Quando isso aparece em um filme, não quer dizer que estamos fazendo apologia”, declarou o ator.

O famoso seguiu: “Não é um incentivo ao que o vilão está praticando, mas sim um mundo perverso sendo revelado ao público. Existem momentos em que é duro assistir. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante é”.

Globoplay decide não cumprir decisão de Bolsonaro

O Globoplay e o Telecine tomaram decisão após a determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública a respeito do filme com Danilo Gentili e Fábio Porchat.

“O Globoplay e o Telecine estão atentos às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos do filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’ mas entendem que a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida”, iniciou a nota.

O comunicado seguiu: “As plataformas respeitam todos os pontos de vista mas destacam que o consumo de conteúdo em um serviço de streaming é, sobretudo, uma decisão do assinante – e cabe a cada família decidir o que deve ou não assistir”.

“O filme em questão foi classificado, em 2017, como apropriado para adultos e adolescentes a partir de 14 anos pelo mesmo ministério da Justiça que hoje manda suspender a veiculação da obra”, completou o Grupo Globo.

Luiz Fábio Almeida
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Luiz Fábio Almeida

Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]