Fausto Silva concedeu uma rara entrevista ao amigo Serginho Groisman no “Altas Horas” deste sábado (18). No programa, o apresentador dos domingos da emissora falou sobre timidez e até política.
“O rádio é uma bela escola. Agilidade e rapidez no rádio são coisas imbatíveis. Eu tinha entre jogador futebol, ser goleiro, e trabalhar em rádio”, disse o comunicador sobre o início da carreira, quando era repórter esportivo.
“Eu sou tímido, ou era tímido. Você perde a timidez quando você está com microfone na mão. Você vira a maioria. No fundo você é tímido”, revelou.
Faustão também falou que não imaginava que chegaria onde chegou. “Não deixo a vida me levar, deixo a vida me atropelar. Eu gosto das surpresas. As Videocassetadas [quadro do seu programa], por exemplo, eu não gosto de ver antes, gosto de ver junto com o telespectador. Eu nunca perdi oportunidades”.
“Quando vim pra São Paulo, cobri o incêndio do Edifício Andraus, do Joelma. Com isso, aprendi a trabalhar com improviso, sem ficha, sem TP (teleprompter), sem ponto eletrônico”, completou Silva, falando sobre o improviso, uma de suas características marcantes.
30 anos do “Domingão”
Completando três décadas com o seu dominical na Globo, o apresentador também falou sobre a mudança do “Perdidos da Noite” para o “Domingão do Faustão”. “Todo mundo dizia que eu não ia falar palavrão na Globo. Eu não tive nenhum problema aqui, eu falo de política, falo as coisas que sinto, algumas as pessoas concordam e eu não. Na vida você tem que saber ser leve”, acrescentou.
Na entrevista, Faustão confidenciou o que vê na televisão: “Eu vejo jornalismo, esporte, o teu programa [“Altas Horas”], o do Luciano [Huck], e algumas novelas. Você trabalha em televisão, então, tem que ver televisão”.
Política
No papo, ele ainda disse que já foi convidado para ser político, mas não tem nenhuma vontade. “Eu sempre disse não, porque eu acho que não tenho nada relação com política. Você faz política a todo momento. Eu acho que posso através do meu trabalho influenciar, ajudar, criticar, me posicionar e não ficar em cima do muro. Eu não tenho saco pra esse tipo de política, militância. Eu não subo em palanque nem para a minha mãe, se ela me pedir”, disparou.
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