Tudo caminhava tranquilamente para mais uma edição do telejornal do canal NBC, nos EUA, quando uma criança de 4 anos invadiu o estúdio para chamar a atenção da mãe que comentava uma notícia naquele momento.
VEJA ESSA
O garoto roubou a cena e se tornou um dos assuntos mais comentados da internet nos Estados Unidos. A correspondente Courtney Kube informava aos telespectadores sobre as crescentes tensões na região da Síria quando o garotinho apareceu.
O menino começou a cutucá-la ao vivo. A jornalista, profissional, se desculpou no ar. “Me desculpem. Meus filhos estão aqui. TV ao vivo“, resumiu a apresentadora, visivelmente constrangida.
A NBC levou o caso na brincadeira e exibiu o momento em sua rede social. “Às vezes, notícias de última hora acontecem inesperadamente quando você está informando notícias de última hora“, divertiu.
No ao vivo, a produção do programa dos EUA tirou Courtney do ar e colocou um mapa do Oriente Médio. Ela retomou a informação e quando voltou para a câmera onde estava, o filho não estava mais lá.
Confira:
Bolsonaro quer mudar lei da TV Paga para atender pedido de Donald Trump
Com a intenção de ajudar o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro determinou que o Ministério da Economia e o da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação preparem em união uma medida provisória com modificações para a lei da TV paga no Brasil.
A ideia é que a MP ajude Trump a realizar o desejo de ver aprovada a compra da Time Warner pela multinacional AT&T no Brasil. O negócio avaliado em US$ 85 bilhões (R$ 334,5 bilhões) foi anunciado em outubro de 2016 e envolve 18 países.
No Brasil, a negociação já passou pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que chegou à conclusão que a concentração de canais decorrentes da operação não será maior que 20%. A Time Warner controla canais como CNN, HBO, Cartoon Network, DC Comics, entre outros. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O problema começa na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A transação não pode progredir porque a legislação vigente desde 2011 restringe a participação acionária cruzada entre operadoras de telefonia, como a AT&T e canais produtores de conteúdo, como a Time Warner.
Na lei, a determinação é que uma operadora de telefonia pode ter até 50% do capital de uma produtora de conteúdo (emissora, estúdio ou produtora), que, por sua vez, só pode deter até 30% de uma operadora de telefonia.
A lei já interferiu em negociações nacionais, quando a Globo perdeu o controle da Sky, operadora de TV e internet por satélite. Hoje, o Grupo Globo permanece na empresa como acionista minoritário (cerca de 5% de participação).
Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que tenta o cargo de embaixador em Washington, acompanhou atentamente o assunto entre seu pai e Donald Trump em torno de um projeto de alinhamento estratégico entre Estados Unidos e Brasil.
Na quarta-feira (7), no YouTube, Eduardo defendeu o fim das restrições na TV paga. “Há quem diga que essa lei foi criada para reduzir a concorrência e favorecer uma famosa emissora de TV“, alfinetou, sem citar a Globo.
“Dentro do governo Bolsonaro existem pessoas que dão como certa uma medida provisória a fim de acabar com essa proibição. Quem for operador vai poder ser produtor de conteúdo, e você vai poder assistir à sua série“, enfatizou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].