Filmes sobre Suzane Richthofen são adiados após surto de coronavírus

Carla Diaz

Carla Diaz interpreta Suzane Richthofen no cinema (Imagem: Reprodução / YouTube)

Os filmes sobre o caso de Suzane Richthofen foram adiados. Ele estrearia no dia 19 de março, mas a pandemia do coronavírus (covid-19) fez com que a Santa Rita Filmes e a Galeria Distribuidora tomassem a decisão.

As produtoras enviaram comunicado à imprensa, nesta quinta-feira (13), e explicaram a decisão: “A saúde e o bem-estar do público são prioritários para a Galeria Distribuidora e a Santa Rita Filmes”.

“Por esta razão, o lançamento dos filmes A Menina Que Matou Os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais será adiado pela pandemia de Coronavírus (Covid-19), decretada pela Organização Mundial da Saúde”, declarou.

“Até o momento, mantêm a estreia dos longas em 2020, ainda sem data definida”, disse ainda, sobre os filmes intitulados A Menina Que Matou Os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais.

O filme é inspirado no caso real de 2002, quando Suzane Richthofen planejou a morte dos pais, Marísia e Manfred Von Richthofen, com a ajuda do namorado e cunhado, os irmãos Cravinhos.

Os dois filmes contarão as duas versões do caso, uma sob o olhar de Suzane e outra, dos irmãos. O longa metragem é protagonizado por Carla Diaz, que, à revista Quem, declarou que o crime a deixou impactada.

“É um caso que chocou o Brasil, me chocou também como mulher, como filha, como ser humano. É inimaginável um caso desses, me pergunto até hoje por quê. Porque ninguém entende por que alguém faz isso”, revelou.

Criticada na web pelo “sim” ao papel, a famosa ponderou: “Mas acho que a reflexão é exatamente essa: tentar saber o que passa na cabeça do ser humano, o que leva um ser humano a fazer isso e o que nós, como sociedade, podemos fazer para mudar, porque parricídios acontecem todos os dias, só que nem sempre a imprensa divulga”.

Carla Diaz lembrou que o caso de Suzane não foi o único parricídio (ato de alguém matar o próprio pai) daquele dia. “O caso da Suzane foi super divulgado porque ela estava fora dos padrões”.

“Isso chamou a atenção do nosso país. Mas no mesmo dia que aconteceu o caso dela, aconteceram mais três parricídios em São Paulo. Infelizmente é uma história muito triste que vem se repetindo. E por que não ser contada?”, perguntou.

Ela garantiu que o caso será contado como realmente aconteceu. “Por que não debater um assunto que é tão importante para uma sociedade? Importante no sentido de ser questionado. Por que acontecem casos assim? Acho que a arte está aí para debater qualquer tipo de assunto. Como entender? Como fazer alguém aceitar o inaceitável? O caso vai ser contado como ele foi. Apenas”, esclareceu.

Lucas Medeiros
Escrito por

Lucas Medeiros

Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.