No ar como a Helena em Salve-se Quem Puder, Flávia Alessandra falou sobre os desafios de gravar uma novela em plena pandemia da Covid-19. Em conversa com a Quem, a atriz ainda opinou sobre a opção da direção da trama preferir não abordar a questão do vírus na história.
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“A gente precisou se adaptar a uma nova realidade de gravação -com testes prévios, acrílicos – mas a decisão foi de grande acerto. A novela é leve, exibida entre dois telejornais e traz um escapismo para a sociedade”, pontuou.
“Você consegue embarcar na história da novela e consegue escapar das tragédias em que estamos rodeados. Foi um grande acerto não retratar a pandemia na história“, completou a famosa, que falou sobre as mudanças nas filmagens.
“A gente gravava por núcleo e não se encontrava, diferentemente do habitual, quando a gente se encontra nos corredores e camarins. Era um isolamento total de cada núcleo. Era muito louco encontrar as pessoas. Tive gente com quem nem cruzei nessa segunda fase. O retorno foi, de fato, muito louco. Quando cheguei ao Projac e vi tudo vazio, foi meu primeiro baque. Aquele impacto de ‘o mundo parou'”, recordou.
“Nunca, em tantos anos de carreira, tinha visto aquele ambiente assim vazio. Quando vi todos os mil protocolos e tivemos as várias reuniões explicando para entender onde passa e onde não passa. Quando eu vi todos os profissionais daquele jeito – vestidos de minions, como eu os chamei – aí, foram despertando em mim novos sentimentos”, explicou.
Apesar dos desafios, Flávia Alessandra conseguiu tirar uma lição positiva disso tudo. “Tento sempre tirar proveito dos momentos e das situações que a vida me dá. A sensação que eu tinha era a de que eu estava em um teatro. Eu me penteava, me maquiava, levava minha marmitinha, me microfonava, me vestia. Passei a meditar. Fazia meu aquecimento vocal. Passei por um novo processo de interiorização para me realizar como artista. Nós estamos acostumados com a troca”, refletiu a global.
A intérprete de Helena ainda contou: “Em determinadas situações da minha carreira, por ser protagonista, vinham me oferecer um camarim só para mim, por conta do volume de trabalho. Nunca optei por isso. Sempre fui da turma que falava: ‘Ah, não! Não me deixem sozinha no camarim’ (risos). Gosto de dividir e trocar com os outros”.
“Tive um novo processo de trabalho e formou-se uma corrente muito positiva entre nós por conseguirmos realizar e entregar ao público algo novo. Dá a sensação de satisfação orgulho por ter conseguido dar conta. É muito bom poder oferecer entretenimento inédito. Foram 53 capítulos emocionantes, coesos, cheios de aventura, leves, risadas, justamente em um época em que vivemos um caos. A sensação de satisfação é muito grande”, garantiu.
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