Fui fisgada pelo Cramulhão. Desde o som da viola, o ar misterioso de Trindade (Gabriel Sater), até mesmo a voz com a virada de olho que anunciam a chegada do “coisa ruim”. O personagem do remake de Pantanal tem presença e o ator tem carisma.
VEJA ESSA
Nunca o diabo encantou tanto quanto na novela das 21h. As previsões e os avisos do “espírito do mal” assustam mas envolvem todos os peões de José Leôncio (Marcos Palmeira), que estão sempre em torno de Trindade, ouvindo e pedindo seus conselhos.
No papel que foi de seu pai, Almir Sater, na primeira versão da novela, Gabriel está em seu segundo trabalho na TV (fez Meu Pedacinho de Chão, em 2014). Apesar do sucesso como ator, ele não abandona suas origens. O músico lançou essa semana o clipe da música Amor de Índio, tema do casal Juma (Alanis Guillen) e Jove (Jesuíta Barbosa).
Se o personagem atribui seu dom na viola ao pacto feito com o Cramulhão, no clipe, ao lado do maestro João Carlos Martins, o feitiço mostra que a vida, nesse caso, imitou a arte. Voz e imagens, em meio ao Pantanal, são pura poesia. Irma (Camila Morgado) que se cuide.
Em breve, a ruiva não resistirá aos encantos de Trindade e a magia vai acontecer. Quem fala isso é ele, o Cramulhão.
E mais uma vez a arte imita a vida…
No capítulo de ontem, o Pantanal ardeu em chamas. Cenas fortes da vida real, com animais mortos e agonizando, a fumaça tomando conta do ar, se misturaram com o Velho do Rio (Osmar Prado) desesperado e José Leoncio (Marcos Palmeira) com um sentimento de que algo ruim estava acontecendo. Forte. Triste. O Pantanal pede socorro e isso é realidade, não é ficção.
