Giovanna Ewbank desabafa sobre ser mãe de crianças negras

Giovanna Ewbank

Giovanna Ewbank com Bruno Gagliasso, Titi e Bless abraçados (Imagem: Reprodução / Instagram)

Giovanna Ewbank celebrou o Dia da Consciência Negra no último dia 20 de novembro como mãe de duas crianças negras, Titi e Bless, e fez uma declaração em seu perfil no Instagram, dizendo que não sofre racismo, mas o enfrenta com os filhos.

“Não sei o que é sofrer o racismo na pele. Mas sei o que é ser mãe de crianças negras. A chegada dos meus filhos balançou muitas percepções e trouxe novas questões sobre igualdade que são muito importantes e que jamais haviam sido provocadas em mim”, iniciou.

“Precisei ler muito, estudar, escutar novas pessoas, conversar com muita gente para compreender que estrutura terrível é essa que trata seres humanos como algo inferior devido unicamente à sua cor de pele”, disse a esposa de Bruno Gagliasso.

“Coisas básicas do meu cotidiano ‘não foram feitas’ para os meus filhos. Coisas banais como publicidades, brinquedos, xampus e maquiagens simplesmente não contemplavam a existência da minha filha e, posteriormente, do meu filho”, afirmou.

“Foi aí que entendi a urgência e a necessidade de ir além, de ser sim antirracista, de buscar espelhos positivos para os meus filhos todos os dias! Eu não sei o que é sofrer o racismo na pele. Mas sei o que é ser mãe de crianças negras”, declarou.

“E por isso é tão importante que o branco reconheça seu privilégio! É tempo de abrir espaços e exaltar toda força, beleza e história do povo negro! É um trabalho importante, é preciso se importar, aprender, mudar”, pediu.

“Quero que todo dia a gente consiga pensar nessas questões, transformar todo dia no dia da consciência negra. É urgente. É necessário. É agora!”, finalizou a atriz, que adotou Titi com o marido em 2016. Bless foi adotado neste ano. Ambos são do Malawi.

Confira:

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Esse vídeo fez passar um filme pela minha cabeça. A chegada dos meus filhos balançou muitas percepções e trouxe novas questões sobre igualdade que são muito importantes e que jamais haviam sido provocadas em mim. Precisei ler muito, estudar, escutar novas pessoas, conversar com muita gente para compreender que estrutura terrível é essa que trata seres humanos como algo inferior devido unicamente à sua cor de pele. Foi quando percebi o óbvio, que coisas básicas do meu cotidiano “não foram feitas” para os meus filhos. Coisas banais como publicidades, brinquedos, xampus e maquiagens simplesmente não contemplavam a existência da minha filha e, posteriormente, do meu filho. Foi aí que entendi a URGÊNCIA e a NECESSIDADE de ir além, de ser sim ANTIRRACISTA, de buscar espelhos positivos para os meus filhos TODOS OS DIAS! Eu não sei o que é sofrer o racismo na pele. Mas sei o que é ser mãe de crianças negras. E essa dor me atravessa de muitas formas. Dói muito. É violento, angustiante, gera revolta! E essa revolta me dá forças pra lutar… lutar contra uma estrutura secular e que já passou da hora de mudar! Chegou a hora da REVOLUÇÃO! Apesar de todo racismo, percebo que estamos evoluindo. Vejo, ainda que de forma tímida, nomes negros ocupando capas de revista, pensadoras negras publicando seus livros e um novo mercado que estimula a autoestima da população negra. E, a cada movimento desses, sinto que estamos no caminho certo. E por isso é TÃO IMPORTANTE que o branco reconheça seu PRIVILÉGIO! É tempo de abrir espaços e exaltar TODA FORÇA, BELEZA E HISTÓRIA DO POVO NEGRO! É um trabalho importante, é preciso se importar, aprender, MUDAR. Quero que todo dia a gente consiga pensar nessas questões, transformar todo dia no dia da consciência negra. É urgente. É necessário. É agora! ✊?✊?✊?#TodoDiaÉDiaDaConscienciaNegra

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Lucas Medeiros
Escrito por

Lucas Medeiros

Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.