Antes censurado, o Linha Direta sobre o caso da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, em 2021, teve sua exibição garantida para a noite desta quinta-feira (18). A decisão veio após a Globo recorrer no STF (Supremo Tribunal Federal).
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Na última quarta-feira (17), a Globo foi alvo da defesa de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, para impedir a apresentação do programa. O político, acusado de ter matado o menino, conseguiu uma decisão favorável da juíza Elizabeth Machado Louro, do Tribunal de Justiça do Rio.
O ministro Gilmar Mendes, no texto da decisão, informou que a medida da defesa de Jairinho teve “o claro propósito de censurar a exibição da matéria jornalística de evidente interesse público”.
O conhecido ministro citou a juíza da primeira decisão como responsável por ter passado dos limites das suas funções judicantes “para se arvorar à condição de fiscal da qualidade da produção jornalística de emissoras de televisão”. O magistrado ressaltou que a decisão partiu da 2ª Vara Criminal.
Depois do entendimento da Justiça do Rio, a defesa de Jairinho provocou e afirmou que “repórter não tem poder de polícia, imprensa não tem poder de autoridade policial para representar por prisão preventiva, nem tem investidura na magistratura para conduzir instrução criminal e proclamar veredicto”.
Linha Direta promete expor todo o caso Henry Borel
Para o programa desta noite, Pedro Bial reuniu sua equipe e conseguiu vários depoimentos, desde os advogados envolvidos, incluindo a defesa de Jairinho, e o promotor Fábio Vieira.
Vale ressaltar que o caso não está em segredo de Justiça e as audiências são transmitidas ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, via internet. O julgamento não está marcado.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].