A Globo pretende contar apenas com produções inéditas no horário nobre em 2021, a partir da estreia de Nos Tempos do Imperador e dos retornos de Salve-se Quem Puder e Amor de Mãe. Mas, segundo informações da jornalista Carla Bittencourt, a emissora trabalha com “planos B” caso o agravamento da pandemia de coronavírus impossibilite a gravação de novas novelas. Além da edição especial de Império (2014) às 21h, o canal cogita a reprise de Tititi (2010) às 19h.
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A trama estrelada por Murilo Benício e Alexandre Borges é uma das mais pedidas pelo público nas redes sociais. Tititi nasceu da junção de dois textos de Cassiano Gabus Mendes, Tititi (1985) e Plumas & Paetês (1980). Da primeira, a autora Maria Adelaide Amaral extraiu os conflitos entre Ari (Murilo) e André (Alexandre), que se enfrentam no mundo da moda como Victor Valentim e Jacques Leclair. Da segunda, o romance de Marcela (Isis Valverde) e Edgar (Caio Castro).
Tititi elevou consideravelmente a audiência do horário – dos 24,1 pontos de Tempos Modernos (2010) para 29,6. O folhetim contou inúmeras referências a outros títulos; Suzana, por exemplo, era chamada de Fera Radical (1988), produção capitaneada por sua intérprete, Malu Mader. Da mesma forma, Fernanda Souza, a Thaíssa, foi relacionada a Chiquititas (1997), do SBT. Personagens de outras novelas de Cassiano, como Kiki Blanche (Eva Todor) de Locomotivas (1977), também foram resgatados.
Considerada há anos para o Vale a Pena Ver de Novo, Tititi passou por reformulação, nos primeiros dias de dezembro, no Globoplay. A plataforma de streaming substituiu todos os capítulos, em baixa qualidade, pela versão HD. A trama também embalou um movimento no Twitter, com usuários da rede social pedindo pela edição especial logo após Totalmente Demais (2015); Haja Coração (2016) acabou escolhida pela Globo para a faixa.
Cabe lembrar que, no momento, a emissora busca manter as gravações de seus novos folhetins. Houve redução nas frentes de trabalho, e no número de pessoas no set, após o diagnóstico positivo para Covid-19 de nomes como Andréia Horta, Giovanna Antonelli e Marieta Severo. A pandemia, desta forma, não deve impactar no calendário de estreias para 2021 – ao menos que os riscos cheguem ao patamar de março, quando os estúdios foram esvaziados.
