A decisão da Globo de reprisar Terra Nostra na faixa Edição Especial pegou muita gente de surpresa.

A trama de Benedito Ruy Barbosa não é considerada uma obra com forte apelo popular ou lembrança afetiva, diferente de outras novelas que já ocuparam o horário.
Lançada em 1999 como superprodução, a novela começou com índices altíssimos, chegando a 50 pontos na Grande São Paulo.
No entanto, a trama se arrastou com os encontros e desencontros de Giuliana (Ana Paula Arósio) e Matteo (Thiago Lacerda), perdendo dinamismo e audiência ao longo dos meses.
Erro estratégico da emissora
O projeto original previa três fases, mostrando até os descendentes do casal no ano 2000. Mas a Globo alterou os planos diante do sucesso inicial e alongou a primeira fase para 220 capítulos. A decisão obrigou o autor a criar conflitos repetitivos, o que acabou desgastando o enredo.
Na primeira vez que foi exibida no Vale a Pena Ver de Novo, Terra Nostra já havia passado por cortes para tentar dar mais agilidade, mas ainda assim a repercussão foi considerada morna. A expectativa é de que a recepção seja semelhante nesta nova reprise.
Balanço Geral pode crescer
Segundo o colunista Ricky Hiraoka, do portal Splash, com esse cenário, analistas acreditam que o Balanço Geral, da Record, pode voltar a incomodar a Globo no horário.
Para segurar o público, Giuliana e Matteo terão que enfrentar a concorrência direta das fofocas de Fabíola Reipert, que já se mostrou forte contra a programação da líder de audiência.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]