Após o SBT, que emitiu uma nota de pesar sobre a morte de Jô Soares, a Globo se manifestou e exaltou a carreira do apresentador, que morreu nesta sexta-feira (5), aos 84 anos, após dias internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
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Com mais de 60 anos de carreira na televisão, no teatro, na literatura e no cinema, o gênio do humor deu vida para mais de 200 personagens, conduziu 14 mil entrevistas e estrelou momentos históricos na TV.
A Globo resgatou frases emblemáticas de Jô como a vez que ele disse em entrevista ao Fantástico que o “medo da morte é um sentimento inútil” e que ele “já nasceu querendo seduzir o mundo”.
A homenagem da Globo a Jô Soares
José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. Era filho único do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Leal Soares. Jô teve um único filho, Rafael Soares, que era autista e morreu em 2014, aos 50 anos.
Rafael era fruto do relacionamento com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem Jô Soares foi casado entre 1959 e 1979.
Em sua vida fora dos palcos, ainda pequeno, Jô Soares morou no anexo do hotel Copacabana Palace e aos 12 anos mudou-se para a Europa, onde viveu por cinco anos. Estudou na Suíça, aprendeu idiomas e tinha o sonho de ser diplomata.
Em 1958, Soares voltou com a família para o Brasil e começou a frequentar aulas de teatro. Em 1959, interpretou o papel de um americano na chanchada O Homem do Sputnik, de Carlos Manga, estrelada por Oscarito.
Globo relembra carreira de Jô Soares na Record
Depois de um trabalho para a TV Mistério, da TV Continental, dirigido por Adolfo Celli, com Paulo Autran e Tônia Carrero, Soares migrou para a TV Rio.
Foi para São Paulo em 1960 e começou a trabalhar na Record, onde esteve como parte da equipe do Simonetti Show, La Reuve Chic, Jô Show, Quadra de Azes, Show do Dia 7 e Você é o Detetive.
Jô Soares também interpretou o mordomo do seriado A Família Trapo com Otello Zeloni, Renata Fronzi, Ronald Golias, Cidinha Campos e Renato Corte Real no elenco.
Na Globo, Jô Soares começou em 1970, com Faça Humor, Não Faça Guerra. Três anos depois, atuou como ator e redator ao lado de Max Nunes e Haroldo Barbosa em o Planeta dos Homens.
Mais tarde, em 1981, Jô Soares ganhou destaque com Viva O Gordo, época em que criou o bordão “Um beijo do Gordo!”. Simultaneamente, Jô Soares apresentava um quadro no Jornal da Globo e, em 1983, fez uma participação especial no musical infantil Plunct, Plact, Zuuum.
Globo cita primeiro programa de entrevista de Jô e ida do humorista para o SBT
A Globo lembrou que o primeiro programa de entrevistas apresentado por Jô Soares foi o Globo Gente, de 1973 e citou que, em 1988, o SBT levou a estrela, que criou e comandou por mais de dez anos o Jô Soares Onze e Meia.
No ano 2000, Jô Soares voltou à Globo para o Programa do Jô, onde ficou até 2016. No dia 16 de dezembro daquele ano, Jô se despediu da TV com uma mensagem de carinho para todos que estiveram com ele em sua jornada.
“Que alegria ver tantos amigos queridos aqui na plateia. O programa só durou esse tempo todo graças a essa equipe. Minha vida realmente mudou graças à plateia, sem vocês eu não existo. A todo esse pessoal, meu eterno beijo do Gordo”, finalizou.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].