Com estreia anunciada para agosto, na Globo, a versão nacional do The Masked Singer (O Cantor Mascarado, em tradução livre) promete surpreender o público com a presença que famosos que estão fora da mídia – seja por cancelamento ou esquecimento –, proporcionando a eles uma nova oportunidade de se apresentarem para o júri totalmente fantasiados.
VEJA ESSA
Adaptado em mais de 40 países, o formato produzido pela Endemol se tornou recentemente um esquema de “lavagem de reputação” para celebridades. Nos Estados Unidos, a última temporada do programa, que rendeu a liderança para a Fox, contou com a participação do cantor Bobby Brown, que em 2003 foi preso por agredir a ex-esposa Whitney Houston, e Logan Paul, um influenciar digital que havia sido “cancelado” após gravar sua reação ao observar um cadáver na “Floresta do Suicídio” no Japão.
Em vários países, a atração se tornou alvo de críticas por proporcionar a redenção desses artistas através de fantasias de monstrinhos. “O que é mais atraente para alguém com má reputação do que atuar anonimamente e deixar que seu talento vocal fale por si mesmo? Como é fácil esquecer os erros de alguém quando tudo o que você vê é a voz de um anjo“, criticou um site americano especializado em TV.
Inventário
O Domingo Espetacular, da Record, dedicou mais de 12 minutos para especular a fortuna e as dívidas deixada por MC Kevin, e explicar que “entre tantos boatos“, a “possível herança” deixada pelo cantor já é alvo de polêmica. Ouvida pela reportagem, entretanto, a mãe do funkeiro, Valquíria Nascimento, afirmou não haver nenhum tipo de atrito entre sua família e a viúva do filho, Deolane Bezerra. Qual é a polêmica, então?
Disputa
Entre todos os formatos explorados pelos programas dominicais, só faltava mesmo uma competição de lavar louça. Não falta mais. Em parceria com a Minuano – marca que já patrocina o game Minha Mulher Que Manda –, o programa Eliana estreará em breve um quadro em que os participantes disputarão para ver quem consegue lavar louças no menor tempo possível.
Realidade
Indicada ao Oscar pelo documentário Democracia em Vertigem (2019), a cineasta Petra Costa está preparando um novo filme documental sobre a pandemia no Brasil. O projeto ganhou o título de Distopia, mas isso pode mudar, conforme a produção ganha novos desdobramentos. Há gravações sendo feitas na CPI da Covid, no Senado Federal.
Falando nisso
Hipocrisia é a palavra que define as coberturas da Globo e do SBT sobre a Copa América no Brasil. A emissora líder, ressentida com a Conmebol, chegou a relacionar o torneio à terceira onda de Covid-19 no Brasil, como na matéria de Delis Ortiz para o Jornal Nacional, ignorando os riscos que as competições exibidas por lá oferecem – Campeonato Brasileiro e Eliminatórias da Copa, por exemplo.
Já o canal de Silvio Santos citou a pandemia, brevemente, ao destacar os motivos que levaram Argentina e Colômbia a abrirem mão da competição. Para além das transmissões, há claro o desejo de adular Jair Bolsonaro. O governo liderado por ele, que levou meses para responder ao oferecimento de vacinas da Pfizer, gastou apenas minutos para acenar positivamente à entidade.
Não há interesse, de uma parte ou de outra, no esporte ou mesmo preocupação quanto aos números de infectados e vítimas do coronavírus. O jogo é empresarial e político, além de sujo para com a audiência.
Doidos demais
Série de Alexandre Machado e Fernanda Young, Os Normais completa 20 anos de sua estreia neste 1° de junho. Para celebrar as duas décadas das tresloucadas aventuras do casal Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres), o Canal Viva preparou uma maratona de episódios, no ar a partir do próximo sábado (5), 20h30. As três temporadas também estão disponíveis, para assinantes, no Globoplay.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]