Globo prepara minissérie baseada em “O Grito”, novela de 1975

Gloria Menezes e Isabel Ribeiro em cena de “O Grito”; novela de 1975 será transformada em minissérie por Ricardo Linhares (Imagem: Divulgação / Globo)

Ao que tudo indica, a Globo irá retomar as adaptações de novelas dos anos 1970, marco da estreia do hoje chamado “horário de superséries”. Ricardo Linhares, que respondeu pela atualização de “Saramandaia” (1976), de Dias Gomes, em 2013, irá se dedicar, em breve, à nova versão de “O Grito” (1975), trama de Jorge Andrade exibida na faixa das 22h – extinta em 1978. A informação é da jornalista Patrícia Kogut.

A emissora adquiriu os direitos do texto original, que será convertido em minissérie de dez capítulos. O projeto, porém, não é para agora. Linhares se dedica, no momento, aos trabalhos de “Cacau”, também uma adaptação em dez capítulos do livro de Jorge Amado, publicado em 1933. E que serviu de base para “Terras do Sem Fim” (1981), folhetim das 18h escrito por Walter George Durst.

“O Grito” foi ambientada em um edifício em São Paulo, para o qual Marta (Glória Menezes) se muda com o filho excepcional, Paulinho (Marcos Andreas). Os gritos do menino, durante a noite, incomodam os vizinhos; o prédio conta com moradores de todas as classes – de Pilar (Elizabeth Savala), a ambiciosa filha do zelador, a Gilberto (Walmor Chagas), antropólogo; de Agenor (Rubens de Falco), bancário que esconde a homossexualidade, a Kátia (Yoná Magalhães), desquitada e libertária.

O sumiço de um interceptador de linhas telefônicas deflagra a ação. É quanto todos os personagens se veem sob a ameaça de terem a intimidade exposta, como ocorreu com Marta e o filho – alvos de constantes reuniões de condomínios, para debater a expulsão ou não da inquilina e de seu filho. Nomes como Chica Xavier, Eloísa Mafalda, Flávio Migliaccio, Françoise Forton, Leonardo Villar, Isabel Ribeiro, Ney Latorraca, Ruth de Souza, Tereza Rachel e Yara Cortes integravam o elenco.

Histórico

Cabe lembrar que, em “Saramandaia”, Ricardo Linhares acrescentou entrechos românticos à narrativa de Dias Gomes. O autor foi muito feliz na (re) contextualização do enredo: o que Dias apresentava como crítica velada à ditadura militar, Linhares tratou como metáfora no debate da intolerância: as asas de João Gibão (Juca de Oliveira), por exemplo, eram cortadas em 1976, numa referência à repressão do regime militar; em 2013, João Gibão (Sérgio Guizé) temia retaliações por ser “diferente” em uma cidade arraigada a julgamentos e preconceitos.

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