Em busca da paz, a Globo aprendeu com os erros dos últimos dois eventos traumáticos em seus bastidores e prometeu uma análise correta a respeito dos dois escândalos envolvendo seu casting: os casos Marcius Melhem e Vinícius Coimbra.
VEJA ESSA
A direção da emissora da família Marinho deu a ordem para evitar a repetição de casos como os do ex-diretor do Humor da emissora e do diretor de novelas, que nas últimas semanas foi afastado das suas funções em Mar do Sertão. As informações são do R7.
Marcius Melhem foi acusado por funcionárias da Globo de assédio. O caso virou alvo de ações na Justiça, reportagens bombásticas e atritos entre o humorista e outros nomes do meio artístico por causa do escândalo.
O caso de Vinícius Coimbra foi o mais recente caso dentro da empresa de comunicação. Pelo menos três atrizes denunciaram o diretor por racismo e até segregação. Tudo ocorreu nas gravações de Nos Tempos do Imperador e abalou todo trabalho nos bastidores.
Globo promove análise em seu compliance
Ricardo Waddington, diretor de Entretenimento da Globo, e José Luiz Villamarim, diretor de Dramaturgia, foram avisados da situação pelas atrizes da novela e prometeram providências e a situação chegou ao departamento responsável para a apuração do caso.
Em documentos, eles separaram as pessoas entre elenco branco e elenco negro. Camarins foram separados. Ao Compliance da Globo, Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues citaram o “racismo reverso” retratado pela trama.
Na ocasião, a novela insinuou que Pilar (Gabriela Medvedovski), uma mulher branca, estava sofrendo “racismo reverso” por parte de Samuel (Michel Gomes), que é negro, numa situação fora do contexto histórico, já que a trama se passa no século XIX. Na época, a autora Thereza Falcão se desculpou:
“Foi péssimo. Pedimos muitas desculpas. Eu mesma quando vi a cena aqui em casa, falei: o que foi isso? Todos os capítulos que vão ao ar até o 24 foram escritos em 2018, gravados na ampla maioria em 2019. Na época não contávamos com uma assessoria especializada, o que só aconteceu no ano passado, com a entrada do [pesquisador de cultura afro-brasileira] Nei Lopes”.
