Irmã de Ivete Sangalo expõe a cantora e diz que irmão morreu de mágoa

Ivete Sangalo
Ivete Sangalo tem intimidade familiar exposta pela irmã mais velha (Imagem: Reprodução / Globo)

Irmã mais velha de Ivete SangaloMonica San Galo surpreendeu a todos com declarações inesperadas sobre a morte do irmão, Jesus Sangalo, que partiu na última quinta-feira (7), vítima de infecção generalizada após uma cirurgia bariátrica.

Na ocasião, a mulher expôs a intimidade da própria irmã e disse que a verdadeira causa da morte foi a mágoa: “Há várias formas de morrer. Algumas suaves, outras nem tanto. Pode-se morrer de mágoa, que se disfarça em doenças de mil nomes”.

Em seguida, falou sobre as acusações de roubo contra ele na Justiça: “Por causa da tristeza a pessoa vai perdendo a vontade, vai cultivando a esperança vã de um dia, quem sabe, aquela dor passe, mas nunca passa. Há quem não aguente”.

Ivete era empresariada por Jesus e acabou rompendo com ele, diante das graves acusações. Sobre isso, Monica disparou: “Jesus foi acusado de ser ladrão. Que lástima. […] Nunca uma acusação foi tão vazia. Todo o seu trabalho foi passado por auditoria”.

“Tudo foi posto em pratos limpos. [Jesus foi] julgado e condenado pela crueldade parcial da imprensa, crucificado moralmente sem que ninguém saísse em sua defesa. Verdades não vendem jornais”, continuou, dizendo que o irmão ajudou a construir Ivete.

“Jesus não tinha em seu DNA a semente da desonestidade, do mau-caratismo e da covardia. Era um homem nobre, íntegro, altruísta, do bem. Quem ergue um império como o que ele ergueu, com talento, alegria, lucidez, perseverança, criatividade, alguma brabeza, errando e acertando, aprendendo e ensinando, pelo puro prazer de realizar, não precisa tirar nada de ninguém”, disparou.

“Basta apenas receber os aplausos merecidos. E eu o aplaudirei enquanto viver”, finalizou.

Confira:

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Há várias formas de morrer. Algumas suaves, outras nem tanto. Pode-se morrer de mágoa, que se disfarça em doenças de mil nomes. Por causa da tristeza a pessoa vai perdendo a vontade, vai cultivando a esperança vã de um dia, quem sabe, aquela dor passe, mas nunca passa. Há quem não aguente, há quem jamais esqueça. Pode-se morrer aos pouquinhos, primeiro o brilho nos olhos, depois o sorriso, depois o coração, o olhar desiste, a voz se afasta, o corpo cansa, a mágoa agora, senhora de tudo, vence uma guerra de favas contadas. Jesus foi acusado de ser ladrão. Que lástima. Julgado e condenado pela crueldade parcial da impressa, crucificado moralmente sem que ninguém saísse em sua defesa, nunca uma acusação foi tão vazia. Todo o seu trabalho foi passado por auditoria. Tudo foi posto em pratos limpos. Mas essa verdade jamais interessou, verdades não vendem jornais. Talvez houvesse um Barrabás em meio a essa história torpe,lamentável e covarde. Não sei. Tudo o que sei é que Jesus não tinha em seu DNA a semente da desonestidade, do mau-caratismo e da covardia. Era um homem nobre, íntegro, altruísta, do bem. Quem ergue um império como o que ele ergueu, com talento, alegria, lucidez, perseverança, criatividade, alguma brabeza, errando e acertando, aprendendo e ensinando, pelo puro prazer de realizar, não precisa tirar nada de ninguém. Basta apenas receber os aplausos merecidos. E eu o aplaudirei enquanto viver.

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Há muitas maneiras de morrer. Inclusive pode-se morrer aos poucos. Hoje, parte de mim morre com meu irmão Jesus. E não sei bem o que fazer com isso. Estou absolutamente devastada e derrotada. É incompreensível que um sujeito genial como ele nos deixe tão cedo. Pra mim parece inacreditável. Jesus era um desafiador, desafiava a dor, desafiava a vida, desafiava limites, mesmo quando isso significava ameaçar a própria vida. E costumava fazer tal coisa parecer fácil, convencia a todos que a diferença entre viver e morrer era um estalar de dedos, um relâmpago e pronto, tudo acabado. Não foi assim com ele. Foram três longos meses de luta, ganha hoje, perde amanhã, sobressaltos, tristeza, alegria, tristeza, alegria, tristeza, um teste longo de resistência a que ele se submeteu sem um ai, sem jamais reclamar, com humor e otimismo, me ensinando a ser madura e adulta, eu, uma chorona reclamona profissional. Eu o amava profundamente. Tivemos ao longo da vida muitos arranca-rabos, ele era turrão, eu sou marrenta, as faíscas eram inevitáveis. Mas como era doce e carinhoso, preocupado com todos, incapaz de ser feliz sozinho, queria todos à sua volta assim, felizes, não via sentido se não fosse desse jeito. Um homem privilegiado pela inteligência complexa, um artista criador, generoso, empolgado, empenhado, um esteta, um louco franco-atirador que no fundo buscava o amor em todas as suas formas, o mesmo homem que nos deixa um legado de grandes realizações, pois somente sob sua batuta visionária poderíamos ter o projeto Ivete San Galo, case nacional e internacional de sucesso, arquitetado e levado a termo pela sua persistência e valentia. Jesus preocupava-se genuinamente com os outros, não sossegava enquanto não arrumasse a vida de um e de outro, um homem de gestos largos, de ambições elevadas, que passavam ao largo da ilusória tolice das posses materiais, dinheiro, coisas assim. Era um realizador, movido a sonhos, projetos, emoções, essas coisas que hoje parecem tão esquecidas pelas pessoas de um modo geral. ( segue )

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Lucas MedeirosLucas Medeiros
Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.