Convidada no podcast Inteligência LTDA, a jornalista transexual Léo Áquilla resolveu abrir o jogo e recordou o começo de sua carreira. No meio da conversa, a famosa também falou sobre quando se assumiu gay, no início dos anos 1980.
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Por não corresponder aos “padrões heteronormativos”, ela contou que tudo ficou muito pior após a primeira onda de HIV no mundo.
“Sofri todas as consequências [de se assumir]. Eu era uma gay na época da geração HIV. Quando surgiu o HIV, era [considerada] a ‘peste gay’. Então não bastava sofrer o preconceito por ser homossexual, ainda tinha o preconceito duríssimo de ser taxado como aidético”, afirmou.
Posteriormente, Léo Áquilla lembrou que o preconceito machucava tanto, que no transporte público a discriminação era completamente notável.
“Ninguém encostava na gente! Houve uma ocasião em que eu estava no ônibus lotado, cheio de gente pendurada, o ônibus chegava a ‘andar’ torto… E o banco do meu lado vazio”, acrescentou.
Léo Áquilla afirma que se sente orgulhosa por ter batalhado e ter aberto várias portas
Mesmo com todas as dificuldades e ataques recebidos, a famosa celebra e se diz orgulhosa por ter sido uma das pioneiras a abrir espaço para a comunidade LGBTQIA+ na mídia.
“Hoje, quando vejo artistas como Glória Groove e Pabllo Vittar fazendo esse sucesso, fico superemocionada. Porque é o meu sucesso ali também. Eu ajudei a construir essa história. Não fiz para ser reconhecida, mas para que todos pudessem ser contemplados no futuro – um futuro que já chegou”, comemora.
Apaixonado por Televisão, Cinema e especialista em Novelas, desde 2009 trabalha com a internet. Escreve também sobre Audiências da TV. Já passou por grandes veículos de comunicação e teve experiência no rádio. Atualmente estuda para continuar crescendo na área e pode ser acompanhado através do perfil @henriquethe2 no Twitter.