Luana Piovani desabafa sobre relação conturbada com Pedro Scooby e cita irresponsabilidade

Luana Piovani
Luana Piovani fez vídeo falando sobre Pedro Scooby (Imagem: Reprodução / Instagram)

Após revelar que estava há 4 dias sem falar com os filhos, Luana Piovani resolveu fazer um desabafo em seu canal do YouTube. Os pequenos estão de férias com Pedro Scooby nos Estados Unidos.

Na gravação, a apresentadora falou por mais de 20 minutos sobre a relação conturbada que está tendo com o ex-esposo.

Confira o depoimento de Piovani:

Vocês sabem que estou passando um perrengue. Aliás, quero aproveitar e dizer o seguinte: se você é uma daquelas pessoas que diz ‘por quê você está falando isso? Expondo’, acha que eu estou errada, acha que eu devia ficar quieta, ser discreta, por favor vai embora. Não assiste esse vídeo, me esquece, pode ‘desseguir’, ‘desinscrever’ porque não tem nada a ver.

O que eu quero dizer é o seguinte: com as redes sociais e a informação, a gente entende cada vez mais que é preciso falar sobre as coisas que estão erradas porque é só quando a gente fala que as pessoas que estão ao nosso redor e não tiveram a coragem de dizer pela primeira vez vão se encorajar de dizer que estão passando por isso também. Eu falo porque eu sempre falei. Desde os 16 eu tenho um microfone ligado na minha mão, foi quando eu fiquei famosa e eu sempre falei de tudo. Eu nunca me neguei a dividir as minhas experiências, primeiro por ser minha escolha e segundo porque acredito que dividindo a gente multiplica e isso não é apenas uma frase piegas de almanaque, eu penso mesmo nisso nos meus ricos e intensos 43 anos de vida.

Então eu estou dividindo com vocês o que estou passando e que não é fácil. Primeiro porque só hoje cinco amigas pessoais minhas vieram me dizer que já passaram pelo o que estou passando, que é o pai não cumprir o combinado pela comunicação. Fora – se vocês tiverem curiosidade, dá uma entradinha no meu feed o Instagram que vocês vão ver a quantidade de mulheres que passaram por muito pior. Enfim, eu diria que é quase 70%. E setenta por cento é muita coisa. E tá errado.

A gente está falando de direito e dever, não é um favor o que as pessoas estão fazendo. Agora o que me entristece é que quem perde com isso são as crianças porque uma vez que eu perco a confiança no pai delas, como é que eu vou ficar tranquila para eles viajarem com eles de novo?

Porque dessa vez a Angelina estava de braço quebrado e não podia viajar. Não foi, tudo bem. Ainda vi o pai com ótimos olhos. Isso porque eu que briguei que nem uma louca pra ele levar os três porque óbvio que ele só queria levar o Dom, mas isso é um outro vídeo: sobre a relação do pai com filhos diferentes.

E aí fiquei ‘nossa que bom que vai ficar com os três sozinhos e não sei o quê’, dei um voto de confiança. Porque se a Angelina estivesse com as crianças, o que normalmente aconteceria, nada disso estaria acontecendo. Eu estaria me comunicando com as crianças através dela, ela estaria falando comigo no horário e dia combinado, né? Mas enfim.

O que eu quero contar para vocês é que ele foi viajar com as crianças, fez o favor de perder o voo. Isso porque eu sou tão boa que em momento nenhum achei que a história preconceituosa e ignorante que ele tava falando da macumba estava relacionada a mim ou a Angelina ou à minha mãe. Porque ficamos aqui as três desesperadas tentando resolver o problema dele, porque era ele que ia viajar com as crianças pros Estados Unidos e não tinha se organizado, tinha perdido dois documentos e não tinha comunicado a ninguém que precisava do passaporte com visto do Dom.

Bom, isso passado, ele combina comigo – isso que eu tenho tudo printado, tá? Eu sou virginiana. Antes de as crianças irem eu coloquei tudo escrito, as condições: cadeirinha, sem palavrões, sem músicas com expressões chulas ou palavrões, não teclar enquanto dirige e falar com os meus filhos dia sim, dia não, às 20h, que lá é meio-dia, que achei que era um horário bom, porque as crianças nas férias acordam mais tarde mesmo, sei que estão fazendo uma bagunça deliciosa, ninguém tá indo dormir cedo, sei que Letícia e o Pedro dormem tarde, falei ‘pô, meio-dia é um horário bom’. E também se não fosse, era só combinar.

Eles viajaram na quinta, falei com eles na sexta e nunca mais me respondeu nenhum WhatsApp. Não atendeu nenhuma ligação. Liguei para a Leticia e ela também não atendeu. E por que ela não me atendeu? Porque ele me deu o número errado. Também tenho tudo printado, anotado, marcado. Não sei por que ele faz essas coisas, ele quase parece ingênuo de achar que a gente não organiza, que as pessoas não falam, que as pessoas não veem, não gravam, enfim.

Agora tirou o vídeo das crianças fazendo wakeboard. As pessoas devem ter enchido tanto o saco dele falando de segurança que ele foi lá e apagou o vídeo, que nem ele apagou o vídeo de quando ele fala mal de uma religião importantíssima para a cultura brasileira porque simplesmente o Brasil, acho que fora a África, é o país com maior influência africana, enfim. Candomblé, essas afrodescendências todas.

E aí agora ele aparece me chamando de louca, claro, me dizendo absurdos e, pra melhorar, e vou contar isso mesmo porque tenho certeza de que todo mundo aí passa por isso também…

Sabe o que acontece… Por isso o nome do vídeo – desculpa estar me interrompendo – é ‘quem não sabe se sacrificar’.

Eu corto na minha carne pelos meus filhos. Eu terminei meu casamento cortando na carne porque eu sabia que ia ter um pai melhor se eu me separasse porque não tava bom do jeito que tava, uma pessoa para dividir a função de ter três filhos.

E eu recebo o Pedro aqui, ele fica aqui em casa – não que ele durma aqui – mas ele passa o dia com as crianças, fica na piscina, entra, fala, liga, deixo ele falar a hora que ele quiser no telefone da Angelina, no Facetime e tal, mas isso me é custoso, não é prazeroso pra mim estar perto dele, ouvir a voz dele dentro da casa, acabo ficando no meu quarto enquanto ele está aqui. Mas eu sei me sacrificar e é isso que é muito louco, homem não sabe. É uma pena que esteja generalizando, mas é porque se a gente for olhar para as estatísticas, a gente tem quantos por cento de pais que viram mães como mães que viram pais?Pouquíssimos. Porque é muito comum essa história que a gente se separa do marido e o marido se separa dos filhos.

E ele teve a capacidade de me dizer, meu Deus, querendo me atingir – imagina, logo eu, a dona do circo – ‘por isso que as crianças dizem que não querem voltar nunca mais pra casa, por isso que as crianças não perguntam de você, por isso que as crianças não pedem pra falar com você ao telefone’.

Olha ele querendo fazer com que eu fique insegura em relação do amor dos meus filhos por mim, querendo me ferir, achando que eu ia ficar mexidinha porque as crianças dizem que não querem voltar pra cá nunca mais e não pedem pra me ligar. Meu Deus do céu, fico pensando ‘que tipo de pensamento ele tem? qual a linha de raciocínio dele para achar, primeiro que isso vai me atingir e segundo que vou acreditar. E não no fato das crianças terem falado, porque as crianças podem até ter falado. Eu sou filha de pais separados, me lembro de toda vez que minha mãe me enchia o saco eu pensava: preciso morar com meu pai.

Gente, pelo amor de Deus, elementar meu caro Watson, os seres humanos são todos iguais por isso que a psicanálise existe. Que é baseada no estudo comportamental dos seres humanos, que têm todos mais ou menos parecidos, a gente acaba passando por quase as mesmas coisas com personagens e intensidades diferentes, mas é tudo muito parecido.

Ele ainda teve a pachorra de querer me ferir. E finalizou a conversa depois do bloco de baixarias que me escreveu – e está bem registradinho -, veio me dizer que vai voltar com as crianças antes pra Portugal.

Aí a gente volta pro nome do vídeo: ‘quando você não sabe se sacrificar’. Vocês imaginam a frustração das crianças na hora que ele olhar pra elas e falar ‘então, vamos fazer a mala que vocês não vão ficar aqui com o papai na casa da tia Lele até o dia tal, a gente vai embora depois de amanhã. Vocês tem ideia do que isso vai causar no coraçãozinho dos meus filhos? E ele me disse isso. E digo mais, eu não duvido que ele faça. Porque ele não sabe se sacrificar pelos filhos.

Ele não entendeu ainda que depois que tem filho a chave tem que girar e você não é o número 1 da sua própria vida. Hoje, por exemplo, eu sou o número 4 da minha própria vida. Ele também, ele teve três filhos. Mas não, ele só pensa nele. Então como ele está com raivinha, está bravinho porque o Brasil inteiro está constrangido com o tipo de postura que ele tá tendo, ele, de birra, vai trazer as crianças antes.

Estaremos todas aqui, eu, Angelina, mortas de saudade, mas que é um total absurdo, é. E eu estou falando isso para vocês porque isso tudo é muito comum, tá? Estou falando para todo mundo ver que acontece em todos os lugares, inclusive com essas pessoas que a gente acha que são sensacionais. Porque eu sempre achei o Pedro um puta cara legal. Inclusive a gente teve essa conversa lá atrás, quando a gente estava junto, falando em casar, falando em ter filho. Ele virou e falou: ‘Mas se não der certo, a gente vai ser melhores amigos’. E eu até cheguei a ficar com raiva, falei ‘como que o cara pode pensar que não vai dar certo’. A gente nem pensa nisso, até dói pensar que um dia não ia dar certo. Enfim, então tinha certeza de que isso não ia acontecer, até por isso que propus que a gente tivesse uma relação de separados como propus pra ele, que é como sempre imaginei que pudéssemos ter.

Enfim… Hoje, terça-feira, tive que bloqueá-lo porque ele estava me dizendo desaforos. e como dia a minha mãe, no meu telefone e dentro da minha casa se tem uma coisa que eu não escuto é desaforo. Porque na minha casa eu chamo a polícia e no telefone eu desligo. Aí bloqueei ele e falei: Não preciso conversar com você, me basta falar com meus filhos dia sim, dia não às 20h, se não puder ser às 20h me diga por favor qual o horário que eu me adapto. O interesse é meu de falar com os meus filhos.

Aí tive que bloqueá-lo depois das baixarias todas que ele me disse e antes disse: ‘não preciso falar com você. Quinta-feira 20h, meio-dia aí, por favor atenda o telefone aí’ e só. Vamos ver se vai atender porque eu vou vim aqui falar pra vocês porque isso não se faz.

E veio dar de maluco: ‘Pô, você tem todos os telefones das pessoas que estão com as crianças’. Meu Deus do céu, tem que botar mais tabaco nesse troço que ele tá fumando porque não é possível. Como assim? Só tenho o telefone dele e o da Leticia que ele me deu, o dela ele deu errado o dele não está ligado, ele não atende, não responde, vou falar com quem? Até me arrependi porque a princípio eu tinha combinado de falar um cadinho com a mãe da Leticia porque afinal de contas é a senhorinha que vai estar lá dentro e tal, mas acabei não falando, falei ‘ah, não precisa tanto’. Porque se eu tivesse o telefone dela tinha ligado pra ela e ela imediatamente tinha falado ‘não, pelo amor de Deus, fala aqui com eles’.

Bom, tá fazendo o louco, dizendo que eu podia sim ter falado e infelizmente… ainda estou pensando em como fazer para minimizar esse estrago uma vez que a gente corta na carne sim, pelos filhos. Estou dividindo aqui pra gente virar uma voz porque isso acontece e não pode acontecer.

Vou ver agora como a gente faz pra organizar as coisas, porque como é que vou confiar? Como que a gente vai fazer? Vamos ter que ir no juiz. E como é que vai pro juiz? Tem que ir pro Brasil? Eu não sei quando vou pro Brasil. Vou ter que ir pro Brasil por causa disso? Meu Deus, que atraso de vida. Vamos ver a seguir cenas dos próximos capítulos. Mas não precisava né. Quer dizer, eu sei que precisava. Minha mãe é advogada e tá falando ‘organiza as coisas’. Mas tem 4, 5 meses que a gente se separou. Eu nunca ia dizer não pra ele ver as crianças, abri minha casa, comprei um guarda-roupa pra ele, falei: ‘ deixa suas coisas aí, cara. Faz da nossa casa seu QG na Europa.’ Mas ingratidão é um pecado mortal na minha cartilha.

E aí vamos ver né, se ele vai me atender na quinta-feira. Porque aí é só isso, eu ligo um dia sim um dia não às 20h, falo com os meus pintinhos e está tudo ótimo.
Ontem essa história de não falar com meus filhos estava me consumindo: eu estava com raiva, triste, angustiada, pensando besteira, e estava me fazendo muito mal e isso aconteceu de manhã. Porque normalmente quando acordo de manhã, me escuto falando internamente. Fico mais em silêncio, mas escuto muito o que está acontecendo dentro de mim e fiquei angustiada porque estava com tudo isso muito revolto, muito vivo dentro de mim.

Fiquei umas duas horas e meia deitada aqui no meu quarto, fiquei um tempo deitada, acordada, vim pra cá, pensei, li umas coisas importante, tomei banho, organizei meus sentimentos e pensei: ‘Meus filhos tão bem, porque se não tivessem bem, com certeza notícia ruim já tinha chegado até mim, então bem eles estão, que é a coisa mais importante’.

Eu não vou dar o poder pra ele fazer da minha semana um fiasco. Até porque os meus dias todos estão organizados para serem incríveis, imagina, minha rotina é o céu, fico até envergonhada de dizer, aí eu consegui. Hoje acordei bem mesmo sem ter falado com mesmo sem ter falado com os meus filhos eu estava bem, não estava angustiada com um sanguessuga na minha jugular.

É muito importante quando a gente está com uma coisa ruim dentro da gente, a gente organizar o pensamento, se dar um tempo. Porque se a gente está sentindo isso tudo, a outra pessoa pode nem sabendo que você existe, só você que está com esse gosto amargo na boca“.

Assista:

Esse conteúdo não pode ser exibido em seu navegador.

O que você achou? Siga @rd1oficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui
Da RedaçãoDa Redação
A Redação do RD1 é composta por especialistas quando o assunto é audiência da TV, novelas, famosos e notícias da TV.  Conta com jornalistas que são referência há mais de 10 anos na repercussão de assuntos televisivos, referenciados e reconhecidos por famosos, profissionais da área e pelo público. Apura e publica diariamente dezenas de notícias consumidas por milhões de pessoas semanalmente. Conheça a equipe.