Maju Coutinho desabafou e revelou que se sente importante como jornalista no momento em que o Brasil vive hoje. Em entrevista para a revista Marie Claire, a âncora do Jornal Hoje, da Globo, também lembrou dos ataques racistas que sofreu e das críticas de quando assumiu o telejornal.
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“Nunca me senti tão essencial e tão necessária como jornalista quanto agora”, destacou a apresentadora, sem entrar em detalhes no assunto. A famosa afirmou, porém, que ficou “baqueada” com as mortes de Moraes Moreira e Aldir Blanc, assim como com a de João Pedro, morto dentro da casa de um tio. Para ela, esses momentos serviram para tomar consciência de sua importância como jornalista.
Na entrevista, Maju Coutinho também falou sobre o seu perfil discreto nas redes sociais. “Sou jornalista, não celebridade. Estou neste posto hoje mas, amanhã, posso não estar. Por isso mantenho a discrição: pouco interessam detalhes do meu casamento, onde janto ou passo férias”, garantiu.
A jornalista ainda contou sobre suas inspirações no jornalismo: “Tenho muitas parceiras, como Flavinha [Oliveira], [Andréia] Sadi, Renata Vasconcellos, além de referências como Glória Maria, Dulcineia Moraes, Zileide Silva“.
A global destacou também que se protege com uma profunda consciência de sua negritude. “Em seguida ao episódio racista que vivi quando estava no Jornal Nacional, o [William] Bonner e a Renata [Vasconcellos] aderiram àquela campanha #SomosTodos Maju. Lembro que eu disse a eles: ‘Agradeço o que vocês estão fazendo por mim, mas sou uma mulher negra. Desde criança, tenho consciência da minha negritude, porque passei por outras situações como essa. Não considero normal, mas estou blindada’”, desabafou.
“Essa é a minha realidade: quanto mais escuro o tom da pele, mais você é animalizado. Claro que ficam marcas das agressões que sofri mas, naquele momento, enfrentei. O que me comoveu mesmo foi a quantidade de pessoas me apoiando. Foi muito impactante”, completou.
