Malu Galli abriu o coração ao relembrar momentos importantes em sua vida. A atriz, que está no ar na novela Além da Ilusão como Violeta, revelou ao jornal O Globo ter se encontrado há sete anos, quando conheceu o candomblé:
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“Tem uma hierarquia bonita porque o mais velho é o mais valorizado, seja o de idade ou o de tempo de santo. Lá, sou uma criança. Nunca olho para uma preta velha na mesma altura, tenho que estar sempre olhando de baixo para cima. É um ensinamento filosófico importante. E é uma pena que a nossa sociedade ocidental não dê valor ao tempo”.
“Sou de uma família católica, estudei em colégio de padre, mas nunca fui religiosa. Até porque me traumatizei (rindo)“, disparou ela, que estudou em um colégio de padres durante a infância.
“Em plena ditadura, era a única filha de pais separados da minha série, que tinha oito turmas de 40 e tantos alunos. E eu era levada, rebelde. Sempre dava merda, e eu era chamada na coordenação e escutava que era problemática por ser filha de pais separados“, recordou, revelando: “Me droguei muito na adolescência, gostava do estado alterado de percepção“.
Foi nesta época, aliás, que Malu conheceu o teatro e se encantou. “Ali me entendi como uma criança criativa, livre. Aos poucos, o teatro foi me seduzindo mais do que as drogas. Principalmente, quando experimentei o silêncio da plateia… Já era a minha busca pelo segredo, pelo sagrado“, contou.
Malu Galli fala sobre carreira
Questionada sobre as gravações de Além da Ilusão durante a pandemia, a atriz comentou: “Nunca fiquei tanto tempo gravando uma novela sem estrear. A gente já está desde agosto trabalhando. Então, dá uma sensação de que precisa botar o bloco na rua“.
“Uma das coisas mais legais de fazer novela é todo mundo poder ver, todo mundo tem acesso, pessoas de todos os lugares vêm comentar tal cena que viram. Estou sentindo falta disso”, explicou.
A famosa, inclusive, se sente privilegiada por ter conseguido se manter trabalhando durante os últimos anos. “Tive a sorte de estar recebendo pela novela, de estar com essa segurança. Mas meus colegas passam por muitas dificuldades por causa do ataque à cultura e da pandemia”, desabafou.
“Esse governo não governa, ele se vinga. Considera quem pensa diferente como adversário e o grupo que tem que ser eliminado. Mas a gente sabe que a cultura não é eliminada nunca, porque é a voz de um povo, e você não tem como calar a voz de um povo, a não ser que o mate. Enquanto tiver o povo vai ter cultura“, detonou.
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