Mariana Lima reflete sobre homens que interrompem mulheres e faz revelação

Da Redação

31/03/2022

Mariana Lima

Mariana Lima interpretou a Ilana em Um Lugar ao Sol (Imagem: Reprodução / Instagram)

Intérprete da Ilana, de Um Lugar ao Sol, Mariana Lima falou sobre sua personagem, uma empresária, que adiou a gravidez em nome da vida profissional, e engravidou por pressão, ao ver os 50 anos batendo na porta.

“Para a Ilana, a maior realização da vida tinha a ver com o trabalho e não a essa convenção de casamento com filhos. Por boa parte da novela, ela lutou contra essa imposição de engravidar. Ao longo da novela, veio a gravidez, a descoberta desse amor de mãe, novas dúvidas sobre o casamento…”, disse a artista, em conversa com a Quem.

Feliz com seu último trabalho, a atriz pontuou: “Foi interessante dar vida a uma mulher que ama mais o trabalho do que a família. É bonito a gente retratar uma mulher que ama o seu trabalho. As mulheres não têm que ser apenas laureadas por ser boa mãe, boa esposa”.

“No caso da Ilana, ela é reverenciada por ser uma excelente profissional. Além de ex-modelo, ela criou uma produtora e agencia talentos no mercado. Ela tem muita responsabilidade e acho que todas nós podemos ter mais responsabilidade nos nossos espaços de produção. A Lícia é uma autora mulher e isso significa muito para nós”, explicou.

Intérprete de uma mulher muito forte, Mariana Lima ainda refletiu sobre o fato da trama abordar o mansplaining, quando um homem explica coisas óbvias para uma mulher, e o manterrupting, quando o homem interrompem falas de mulheres.

Sobre o assunto, que está em evidência por causa do comportamento de Arthur Aguiar, a atriz declarou: “Esta foi minha segunda novela com a Lícia Manzo [autora com quem havia trabalhado em Sete Vidas, em 2015]. Percebo que nas novelas dela, as mulheres – além de excelentes papéis como os homens – têm a articulação da fala. Elas falam muito”.

“A gente pode viver a situação inversa a mansplaining – o womansplaining. Socialmente, muitas mulheres acabam sendo interrompidas. Interromper mulher é uma forma de opressão. A Ilana foi uma personagem que não admitia ouvir um ‘você tem que falar assim’ ou ‘você está enganada’ – talvez por ela ser a provedora por causa de um ritmo de trabalho muito radical”, completou.

Mariana Lima fala sobre sexualidade da personagem

Em seguida, a global ainda refletiu a respeito da sexualidade de Ilana, que após anos casada com um homem, se apaixonou por uma mulher.

Minha personagem passou por um processo dolorosíssimo de descongelar óvulos, tomar hormônios e as consequências da gravidez nesse casamento. A Ilana era uma heterossexual convicta – acredito que até mais do que eu na minha própria vida – e nunca havia se imaginado com outra mulher. De repente, ela encontra essa possibilidade de relacionamento com uma mulher e passa por uma crise de autoaceitação, agravada pelo fato disso ainda ser um tabu de aceitação na sociedade”, declarou.

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