A futura primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, a Janja, deu a sua primeira entrevista na TV ao Fantástico, da Globo, neste domingo (13). A socióloga deu detalhes da relação com o presidente eleito Lula (PT), reconheceu ataques machistas que recebeu e até mesmo de ciúmes no entorno do petista.
VEJA ESSA
Na conversa com Maju Coutinho e Poliana Abritta, Janja ressaltou que houve machismo no começo da relação dela com Lula, porque, segundo ela, a figura dele sozinha já bastava, mas que agora ele estava ao lado de uma companheira “que soma com ele”.
“Hoje acho importante que olhe para ele e também me veja. Isso não acontecia antes. Só se olhava para ele. Hoje, ele tem um complemento, uma soma, que sou eu. Não é porque eu estou do lado dele. É porque eu sou essa pessoa propositiva, que não fica sentada, que vai e faz“, declarou.
A paranaense garantiu que nunca se importou com as críticas, mas somente com o que o marido achava da situação. Janja também declarou que não fez, propositalmente, qualquer articulação política durante a campanha eleitoral.
“Não tenho papel de articulação política. Pode até ter acontecido, mas não foi uma coisa planejada“, disparou a socióloga.
Ao falar da mãe, Janja chegou a chorar. Ela explicou que, com a pandemia, levou a senhora para morar com o casal em São Paulo. Vani Terezinha Ferreira, então, teve infecção urinária, foi internada e contraiu Covid-19.
Emocionada, a futura primeira-dama disse que ela morreu no dia do aniversário dela, um dia após a comemoração especial de Lula.
Sobre a relação íntima com o petista, ela afirmou que os brasileiros imaginam, mas não conhecem o homem bem-humorado que ele é.
A socióloga ainda lembrou que o conheceu em um jogo que ela foi para conhecer Chico Buarque. “Sentamos para almoçar, depois, ele conseguiu meu telefone e aí começou. Ele estava de olho em mim”, declarou.
Janja fala sobre desejos para o Brasil
Na entrevista, a esposa de Lula ressaltou que está esperando a posse para começar a pensar em um Brasil com “menos rigidez”. Ela também deixou claro que deseja ressignificar o que é ser uma primeira-dama.
Ao Fantástico, a paranaense listou alguns compromissos que pretende ter no terceiro governo de Lula, como “levar à luz alguns temas” considerados importantes por ela, como o combate à violência contra as mulheres e o racismo. Ela também quer falar sobre a alimentação e a transformação do ódio em relações mais saudáveis.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]