Eliane Cantanhêde chamou os ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente, de “pau mandado” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A crítica dura da jornalista aconteceu no Em Pauta da última sexta-feira (6), na GloboNews.
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A manifestação da comentarista de política só foi possível por causa da de uma pergunta feita pelo comentarista Guga Chacra em meio aos desdobramentos da eleição dos EUA, com a então vitória quase certa para Joe Biden e derrota história para o presidente Donald Trump.
“O chanceler Ernesto Araújo endeusava praticamente o Trump, que muito provavelmente estará fora da casa Branca a partir de janeiro”, apostou Chacra. “O ministro Ernesto passa a ser um obstáculo para a política externa do Brasil?”, questionou. “Para a relação Brasil x EUA”, completou.
O jornalista lembrou a crise na relação entre Brasil e China graças ao atual ministro, citou a quase ida do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador do Brasil em Washington, e perguntou: “Como ficam essas figuras e, claro, acima de tudo o presidente Bolsonaro que é um dos maiores fãs do Donald Trump em todo o mundo. Como fica?”.
Em resposta, Eliane afirmou que Ernesto era um “chanceler júnior”, assim como o ministro Salles. “O presidente Jair Bolsonaro fez uma política externa temerária e escolheu a dedo um embaixador júnior, que é o Ernesto Araújo, para ser o chanceler. Por que? Porque ele queria um chanceler pau mandado”, atribuiu.
“Assim como ele botou o Ricardo Salles, que também é júnior, nunca tinha pisado na Amazônia, para ser ministro do meio ambiente para ser um pau mandado”, completou. “Ou seja, a política externa é a política do presidente Jair Bolsonaro, que jogou todas as fichas dele num dueto: o dueto mito, o mito Bolsonaro no Brasil, e o Deus Trump nos Estados Unidos”, resumiu.
