Uma cena da novela Bom Sucesso, nesta quarta-feira (1º), causou nas redes sociais. Tudo porque a novela das sete da Globo levou ao ar uma cena com possíveis referências ao presidente Jair Bolsonaro e ao prefeito Marcelo Crivella, do Rio.
VEJA ESSA
Nela, o vilão Diogo (Armando Babaioff) detonava o “viés ideológico” da editora Prado Monteiro, e ainda debochava de Alberto (Antonio Fagundes), afirmando ser “um homem de princípios e sentimentos cristãos”.
Segundo ele, os antigos funcionários seriam demitidos e a linha editorial seria modificada: “Nada de viés ideológico. Sejam aqueles clássicos chatérrimos, as poesias, passando por aquelas publicações LGBT XYZ imorais”.
Imediatamente, o público nas redes sociais vibrou com a cena e a viu como uma indireta ao Governo Bolsonaro, que se refere aos direitos da comunidade LGBTQ e movimentos sociais como “ideológicos de esquerda”.
A repercussão foi inevitável. “Diogo é claramente um gado do Bolsonaro”, disparou uma telespectadora. “Diogo é um bolsominion”, afirmou mais uma. “A Era Bolsonaro chegou forte na Prado Monteiro”, disse ainda outra.
Confira:
-Vou modifucar a linha editorial. Não quero nada com viés ideologico… Esses clássicos chatos, poesias sem-graça… Passando por aquelas publicações LGBTQXYZ imorais…
Diogo votou no Bolsonoides e no Crivella sim ou sim?#BomSucesso pic.twitter.com/cnx1O3TPp0
— ?| ?????. ☕? (@UnKauanown) January 1, 2020
#BomSucesso
"Nada com viés ideologico…Passando por aquelas publicações LGBTQZ imorais…"O Diogo claramente é bolsominion. pic.twitter.com/BZVjzThVr2
— Davi Mateus (@DaviMComents) January 1, 2020
Diogo quer publicações sem viés ideológico na editora. Boatos que vai ser o novo Ministro da Cultura #BomSucesso pic.twitter.com/TxLDRTbCYc
— jean (@jeanrioli) January 1, 2020
-Nada de viés ideológico…
Diogominion mereceu levar essas bengaladas do Alberto… #BomSucesso pic.twitter.com/tATGhEPJhn
— Brunno (@BrunnoCelso) January 1, 2020
"Nada, absolutamente nada de viés ideológico" já sabemos em quem Diogo votou hahahaha #BomSucesso
— Érika (@avengersxz) January 1, 2020
"Nada de viés ideológico" Crivella e Bonoro curtiram isso. #BomSucesso
— Life Snakes ⭐ (@Aux_Moradinha) January 1, 2020
O Diogo é uma espécie de Bolsonaro. Não quer nada com VIÉS IDEOLÓGICO. É contra a causa LGBT, é vigarista, é bandido. #BomSucesso
— Campo Progressista (@CampoProgr) January 1, 2020
Diogo: "Sem publicações de viés ideológico" eu ri, mas com ódio #BomSucesso
— dina saying “stay.“ (@KimWithAnK) January 1, 2020
“Eu vou modificar a linha editorial. Nada de viés ideológico. Seja a publicação daqueles clássicos chatérrimos ou daquelas poesias LGBTXYZ imorais.” A Era Bolsonaro chegou forte na Prado Monteiro. #bomsucesso pic.twitter.com/ZeFrsNVaup
— lúcio araújo (@lucioaraujo_) January 1, 2020
Globo alfineta Bolsonaro
A Globo não segurou as críticas no último Isso a Globo Não Mostra do ano, neste domingo (29). Exibido no Fantástico, a atração fez do primeiro ano do Governo Bolsonaro um reality show baseado no Big Brother Brasil.
Intitulado de Big Bolsonaro Brasil, a alfinetada começou com o reality show como sátira aos nomes que entraram com muita pompa no governo e foram “emparedados” por Bolsonaro e seus eleitores, como Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-geral da Presidência, o primeiro que pediu demissão, no segundo mês do governo.
Com o tema principal cantado por Paulo Ricardo, o “reality” lembrou as demissões do ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez, do general Franklimberg Ribeiro de Freitas, ex-presidente da Funai, do General Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria do Governo. Joyce Hasselmann, deputada federal e ex-líder do governo no Congresso, também foi “eliminada”.
A Globo não deixou de lado outros casos que causaram polêmica no primeiro ano do Governo Bolsonaro, como as demissões de Joaquim Levy, ex-presidente do BNDES e a exoneração do ex-diretor do INPE, Ricardo Galvão. Até o PSL, antigo partido do presidente, entrou na brincadeira.
No segundo bloco, o quadro voltou com uma crítica ao discurso do político no Fórum Econômico Mundial, quando disse que o país “é o que mais preserva o meio ambiente”. Em seguida, a emissora mostrou as tragédias ambientais do ano, como Brumadinho e os incêndios na Amazônia.
Leonardo DiCaprio, Eduardo Bolsonaro e até a guerra do presidente contra o cinema nacional foram citados.
A última paródia veio com o tema de fim de ano e com um verso diferente, se referindo aos três anos restantes do governo: “No primeiro ano teve tanta coisa e ainda faltam três… em 2020, se sobrar Brasil, voltamos outra vez”.