“Onde Nascem os Fortes” entretém e emociona, mas não surpreende

Gabriel Leone e Alice Wegmann como Hermano e Maria em “Onde Nascem os Fortes” (Imagem: Estevam Avellar / Globo)

George Moura e Sérgio Goldenberg voltam com tudo à temática regionalista, que os consagrou em “Amores Roubados”, na trama de “Onde Nascem os Fortes”, nova supersérie da Globo que estreou nesta segunda-feira (23) na faixa das 23h – e cujo primeiro capítulo já está disponível desde a semana passada no aplicativo Globo Play.

A obra tem, de fato, muitas qualidades, e o casamento entre o texto dos autores e a direção de José Luiz Villamarim é a principal delas. Moura e Goldenberg sabem contar histórias que remetem a seu universo pessoal de forma a atrair em cheio o grande público, e o episódio de estreia já deixa claro que a nova empreitada não deve fugir a esse regra.

Não é preciso se identificar com o universo sertanejo para se envolver com a forma como os autores enunciam a saga de Maria (Alice Wegmann, como sempre, sob medida) em busca de pistas do irmão gêmeo desaparecido, Nonato (Marco Pigossi, também irrepreensível). A produção foge a alguns clichês da ambientação nordestina, ao mesmo tempo em que não consegue evitar cair em muitos deles, e da própria teledramaturgia – sim, o ar de telenovela insiste em continuar pairando sobre as pretensas “superséries” da Globo.

E é justamente aí que reside o grande – e talvez decisivo – ponto fraco de “Onde Nascem os Fortes”. Se por um lado a trama oferece boas doses de entretenimento e emoção, por outro simplesmente não impressiona, deixando um pouco aquela sensação de que a história é mais do interesse de quem está contando do que de quem vai assistir. O quanto isso interferirá no resultado final, só aguardando para saber.

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Felipe Brandão é jornalista diplomado pela Faculdade Pitágoras (PR) e atua desde 2010 escrevendo sobre televisão e cinema. Aficionado por entretenimento, com predileção especial pelas novelas – nacionais e estrangeiras -, possui passagens por veículos como as revistas “Conta Mais” e “TV Brasil” e integra desde 2016 a equipe do RD1, nas funções de redator e editor-assistente.

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