Paulo Betti relembra infância com histórias macabras de sexo e padres pedófilos

Paulo Betti
Paulo Betti fala sobre infância em cenário exótico (Imagem: Divulgação / Globo)

Quem acompanha o trabalho de Paulo Betti, no ar nos reprises de Império e A Vida da Gente, pode não imaginar que por trás do artista irreverente e multifacetado está um ator de 68 anos, caçula de 15 irmãos, que cresceu onde não tinha energia elétrica.

Em entrevista ao programa Rock a Três, da Kiss FM, ele falou sobre as suas vivências ao lado da família, em Sorocaba, São Paulo.

Minha infância foi num lugar exótico do ponto de vista da… Não tinha muita luz. Não tinha muita luz elétrica. Embora estivesse razoavelmente perto da cidade, ficava numa baixada. Essa baixada era com quatro ruas de terra, como num jogo da velha. E ruas muito curtas de terra numa baixada. Eu digo que era um quilombo porque 70% da população era de negros e tinha muita escola de samba. Três escolas de samba saíram desse lugar… Fui cercado desse universo dos 3 aos 20 anos de idade“, relembrou.

O artista era apelidado, naqueles tempos, de Paulo Cabra. Ele explicou que o nome surgiu após ele ter contado que havia visto o animal em cima de uma árvore.

Fui mergulhando de volta naquele lugar, que era o meu lugar de origem… E uma vez tive no Marrocos e tinha umas 20 cabras trepadas numa árvore. Parecia uma árvore de Natal de Cabras. Gigante! Só que desse lugar de onde vim havia histórias macabras de sexo com animais, entendeu? Então, isso (o apelido) ficou meio dúbio“, comentou.

Apesar de tudo, ele garante ter tido sorte ao se livrar de um destino traçado para muitas pessoas que são expostas a ambientes como o que cresceu. “Mas eu fui um menino tão sortudo que escapei das bichas velhas, de padres pedófilos… Escapei de tudo isso. Nos lugares que frequentei não tinha. Olha que sorte, né? Porque geralmente quando você é menino assim num lugar muito rústico muitas vezes pode acontecer“, admitiu.

Durante o bate-papo, o veterano falou sobre o personagem que vive no folhetim do horário nobre, onde dá vida ao jornalista de celebridades Téo, um gay marcante.

É um personagem engraçado, né? Ele é contraditório, mau, sofre, é apaixonado… Gosto muito do Téo Pereira. Gosto do Jonas também (de A vida da gente). Jonas é um personagem mais próximo. Gosto de pesar as tintas. Às vezes sou acusado de exagerar e tal. As pessoas estão em casa. Se elas puderem ser chacoalhadas, darem risada…“, ponderou.

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