Polícia investiga se golpe de funcionários da Record foi crucial para morte de criança

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Polícia eleva o nível da investigação contra funcionários de afiliada da Record (Imagem: Reprodução / Record)

A investigação da Polícia Civil da Bahia envolvendo o suposto golpe financeiro aplicado por funcionários da Record está em outro patamar. Os policiais querem saber se o crime foi determinante para a morte da criança com câncer exibida no Balanço Geral local.

Em reportagem exibida em fevereiro, o programa expôs para todos uma campanha de doação para o tratamento da criança, mas os valores não foram repassados. O ex-jogador do Bahia Anderson Talisca desembolsou R$ 70 mil.

Algumas vítimas já identificadas pelo delegado serão intimadas a prestar depoimento nos próximos dias. Ao menos quatro casos estão na linha da investigação. Existe a possibilidade do golpe ter alcançado o valor de R$ 800 mil, segundo o Notícias da TV.

Os investigadores querem descobrir se o golpe teve ligação parcial ou total com a morte e, em caso de confirmação, o processo será tratado como homicídio. Por enquanto, a investigação é de estelionato digital e é encabeçada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico.

Entenda o caso do golpe do pix na Record

O esquema investigado envolve um repórter e um editor, demitido no último fim de semana. O caso explodiu após exposição de José Eduardo Bocão, apresentador do Balanço Geral BA.

O apresentador não esconde a sua decepção pelo suposto crime cometido e se diz traído pelos ex-colegas. Bocão, um dos grandes apresentadores da região, vê como possibilidade a sua aposentadoria da televisão.

Paulo Carvalho
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Paulo Carvalho

Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].