Na linha de raciocínio de Rafinha Bastos, a culpa pela eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é da esquerda e de um grupo reacionário conservador, mas entende que a ascensão do “capitão” a nível nacional foi por culpa do CQC e dos programas vitrine na última década.
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“Não tenha dúvida de que o Bolsonaro, hoje, é uma figura conhecida nacionalmente por culpa do CQC. Não vou me eximir dessa culpa. É culpa do CQC e de todos os programas que se utilizaram dessa figura bizarra em busca de audiência, em busca de repercussão, em busca de barulho, em busca de, obviamente, dinheiro”, acusa.
Como exemplo, o famoso usa no vídeo trechos das participações do atual presidente no extinto CQC, no talk show Agora É Tarde, quando era apresentado por Rafinha, no Superpop de Luciana Gimenez, e no programa Pânico, na rádio Jovem Pan. “A exposição dessa figura é [responsabilidade], sim, desses programas, minha e dos meus colegas. Agora, a eleição desse sujeito, não”, defende.
Como culpados pela eleição de Bolsonaro, o comediante cita a esquerda, que “demorou para assumir os seus erros” e o “fato de existir uma massa extremamente reacionária, conservadora, que se identifica com as ideias desse cara”. Rafinha Bastos garante que o grupo não deve ter 30% dos votos “que ele conseguiu para se eleger presidente da República”.
No discurso, o apresentador aponta uma dúvida: “Isso é um risco que eu crio para o país. Eu expondo essas figuras eu ajudo elas a se elegerem? Mas ao mesmo tempo eu vou esconder esse discurso que uma parcela da população se identifica?”.
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Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].