Regina Duarte é uma assídua defensora das propostas e ideais de Jair Bolsonaro, candidato do PSL à presidência da República, e em meio à calorosa disputa com Fernando Haddad, do PT, a artista concedeu uma entrevista falando bem do seu candidato.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a atriz da Globo afirmou com todas as letras que Bolsonaro “tem uma alma democrática” e que ele é fruto dos homens com humor “brincalhão típico dos anos 1950, que faz brincadeiras homofóbicas, mas que são da boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada”.
A entrevista foi feita em seu apartamento, na região dos Jardins, em São Paulo. Ela declarou ainda que suas outras opções de voto eram Geraldo Alckmin (PSDB) e João Amoedo (Novo).
Regina afirmou que estava no “armário” antes de decidir por Bolsonaro. “Foi há uns dois ou três meses. Eu estava “no armário”, e meu filho mais novo começou a me contestar: já que sempre fui uma pessoa democrática, aberta, justa, como eu podia me fechar no conceito de que Bolsonaro é bruto, tosco, ignorante, violento. ‘Você já chegou perto dele?’. Respondi: ‘Não preciso me aproximar, sinto que é o candidato da raiva, da impotência, do ódio, contra a corrupção e não quero votar no emissário da raiva’”, relembrou.
“Mas, quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha”, contou.
“Eu tinha algumas opções de voto, como o (Geraldo) Alckmin e o (João) Amoêdo, mas, nesse momento, me caíram fichas inacreditáveis, como as omissões do PSDB. Foi tudo ficando muito feio. Quantos equívocos, quantos enganos! Foi quando notei o tamanho da adesão desse país ao Bolsonaro e pensei: eu sou esse país, eu sou a namoradinha desse país”, destacou ela.
Duarte falou ainda que Bolsonaro é fruto dos erros do PT. “Ele não estudou filosofia, mas o importante é seu preparo para nos proteger da roubalheira descarada. Bolsonaro é fruto do País, é resultado dos erros monstruosos do PT e da falta de mea-culpa”, disse.
A atriz também defendeu Bolsonaro dos vídeos em que exibe suas frases e discursos mais polêmicos. “São imagens montadas, pois mostram a reação dele, mas não a de quem provocou a reação. É unilateral. Quando souberam que ele ia se candidatar, começaram a editar todas as gravações e também a provocá-lo para que reagisse a seu estilo, que é brincalhão, machão. Daí fica a imagem de um homem tosco, bruto. Acredito que 80% dessas reações eram brincadeiras dele: você manda uma porrada e ele devolve outra”, garantiu.
Ela voltou a destacar a diferença do homem dos vídeos e do ao vivo. “O homem com quem conversei durante 65 minutos quer chegar lá democraticamente, seguindo todas as regras das nossas instituições”.
Por fim, a estrela global afirmou que espera de Bolsonaro uma varredura na questão da violência. “Resolver a impunidade, que é inadmissível, pois não se acaba com a violência em um país de impunidade. Meu filho perguntou por que eu estava novamente me envolvendo com política. Respondi que era por ele, pelos filhos dele e por todos nós”.
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