Quatro anos após a acusação de assédio sexual por quatro colegas de trabalho na Record, o jornalista Gerson de Souza foi condenado pelo crime de importunação sexual. A sentença foi anunciada na última segunda-feira (17).
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A juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida converteu os dois anos e meio de reclusão pela prestação de serviços comunitários e multa de dez salários mínimos (R$ 13.200,00), segundo informações do Notícias da TV.
Em 2019, Gerson de Souza foi alvo da grave acusação por quatro mulheres que trabalham com o repórter no Domingo Espetacular. Todas foram à polícia para acusá-lo de prática de assédio sexual cotidianamente.
Na época com 60 anos, o então funcionário da Record fazia piadas de cunho sexual, palavras obscenas e pega no corpo das mulheres. A última ação do veterano foi um beijo roubado de uma jornalista casada. As acusações foram negadas por Gerson.
Justiça escuta mais de 20 testemunhas após condenar ex-repórter da Record
Na Justiça, após a oitiva de 21 testemunhas, a juíza entendeu que Souza agia com “vontade consciente de praticar atos libidinosos”. O profissional foi condenado duas vezes por importunação sexual: pelo beijo roubado e por tocar no braço de outra mulher.
Em juízo, o réu pontuou que tinha problemas de relacionamento com a principal vítima por sua suposta incompetência e deu como exemplo a vez que pediu bananas para a produção de uma matéria sobre doce da fruta e a vítima falhou.
A juíza alertou que a vítima desenvolveu vitiligo, úlcera e inflamação gastrointestinal. Com depressão, se afastou da Record, o casamento acabou e após a demissão teve que mudar de profissão.
Gerson foi demitido em 2020, um ano e cinco meses depois das denúncias. A emissora orientou as mulheres a procurarem a delegacia, manteve o contrato do jornalista, mas o afastou do trabalho até a conclusão do inquérito policial.
