O repórter Jony Torres, da TV Bahia, afiliada da Globo, viveu momentos de pânico após ter sido trancado na mala do próprio carro, que foi incendiado com ele dentro. O crime aconteceu na zona rural da cidade de Esplanada, na Bahia, mas ele conseguiu escapar com vida.
Agora, passado o susto, ele fez um desabafo no Instagram e contou detalhes do que viveu. “Eu quero dizer muito OBRIGADO!”, iniciou, citando amigos, familiares, veículos de imprensa e fãs que se mostraram preocupados com a sua situação.
“Este talvez seja o momento mais difícil da minha vida pra mim e minha família, estamos todos muito angustiados, com medo, mas confiantes que este pesadelo vai acabar e o mais rápido possível iremos retomar nossa rotina de vida“, destacou.
“Eu estou bem, fisicamente eu só levei uns poucos ‘tapas na cara’. Sai sem praticamente nenhum arranhão do assalto, mas o terror psicológico aplicado pelos assaltantes ainda me tira o sono”, explicou.
“Por isso escolhi postar esta foto que tirei enquanto trabalhava cobrindo o desfile dos Filhos de Gandhy que sempre levam uma mensagem de paz. E é isso que nós todos precisamos hoje e sempre. Paz!!“, declarou o repórter da afiliada da Globo na Bahia.
“Quero aproveitar pra agradecer a Policia Militar e a Policia Civil de Acajutiba e Esplanada que me deram todo suporte e apoio. Mais uma vez, agradeço a todos, nestes momentos o carinho e amor de quem nos quer bem é realmente o que nos acalenta o espírito”, finalizou.
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Relato do repórter da Globo
Em entrevista ao jornal Correio, o repórter contou que conseguiu escapar antes das chamas consumirem seu veículo, um modelo Nissan Tiida. Ele disse também que o crime foi cometido por dois homens, que estavam numa moto, e que chegou a ser reconhecido por um deles, mas foi confundido com um policial.
“Ele achou que me reconheceu por ser policial e começou a dizer: ‘nós é bonde do maluco, porra, nós vai lhe matar. Cadê o celular, porra? Eu dizia pra ele: velho, eu sou jornalista, não sou polícia. Tenho dois filhos para criar. Um deles ainda disse: ‘eu também não tive pai para me criar'”, revelou Jony Torres.
O repórter da Globo afirmou ainda que os assaltantes aparentavam estarem embriagados e drogados. “Eles só queriam o celular, na hora do nervoso, nem lembrei que tinha deixado na fazenda e falei que devia ter caído no carro”, contou ele, que entregou a carteira com R$ 400.
Ao jornal, Jony não soube estimar quanto tempo ficou preso no porta-malas. Ele disse que só saiu quando achou que os bandidos já tinham deixado o local.
“Só pensava nos meus filhos. Foi terrível. Uma maldade sem sentido. Queriam me matar só por causa de um celular”, comentou.
