Para que serve a imprensa? A Rede Amazônica, afiliada da Globo no Amazonas, mostrou para o público do JAM 1ª Edição, telejornal local exibido de manhã, a importância do jornalismo investigativo. Durante uma matéria ao vivo no bairro Educandos, atingido pela cheia do rio Negro, um repórter caiu de uma ponte.
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Jucélio Paiva e sua equipe estavam no ar quando sofreram o acidente em uma das passagens dos moradores do bairro. O repórter se desequilibrou quando a madeira da ponte improvisada se rompeu. Ele escapou rápido da água, mas o operador de drone, William Duarte, ficou atolado na água cheia de lixo.
Do estúdio, Amaral Augusto e Ruthiene Bindá ficaram chocados com as imagens. Enquanto ela pediu para que a câmera voltasse para o estúdio, o âncora exigiu as imagens no telão:
“Vamos mostrar lá, por favor! Isso é a realidade! Desculpe a agonia, mas a gente abre a câmera porque estamos mostrando aqui uma situação complicada. Eu manteria as imagens no ar porque isso aqui que a nossa equipe está mostrando é a realidade que essas famílias passam todo dia”.
Jucélio restabeleceu o contato com a emissora e comentou sobre sua situação. “Eu estou bem. Eu consigo voltar daqui, pode abrir”, disse na conversa com o diretor do telejornal exposta ao vivo.
“A gente está vendo essa situação agora. Esse é um dos nossos colegas de trabalho. É uma situação complicada que realmente nossa equipe passou no Educandos. Ele, talvez por falta de habilidade, acabou caindo. Mas muitas crianças ficam ali e é preocupante pois muitas não sabem nadar. O perigo é até maior”, ressaltou.
“Essa semana mesmo uma criança morreu afogada nessa área do Educandos. Se afogou pois estava em uma casa dessas. Estava com o pai e com a mãe, saiu rapidamente e caiu na água. Houve muita dificuldade para encontrar o corpo da criança, pois havia uma enorme quantidade de lixo. São problemas crônicos”, desabafou Amaral.
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