O SBT tem motivos de sobra para comemorar o ano de 2019. A emissora paulista conquistou a vice-liderança e completou 32 meses consecutivos à frente da sua principal concorrente, a Record, e garantiu a segunda colocação isolada.
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Os números registrados na Grande São Paulo apontam o canal de Silvio Santos com 20% mais audiência que a terceira colocada. No mês de novembro, o SBT fechou com 6 pontos na média 24 horas. No mesmo período, a Record ficou em terceiro lugar com 5 pontos.
Com os índices consolidados no mês de novembro, a TV conquistou, por antecipação, o segundo lugar na média anual e completou, em 2019, três anos seguidos na segunda posição.
De volta ao posto desde 2017, após quase uma década longe da vice-liderança, entre janeiro e novembro deste ano a emissora acumulou 6,3 pontos de média. A terceira colocada ficou com 5,2 pontos.
Entre os destaques do ano do canal de SS estão os programas de Celso Portiolli e Eliana, a novela As Aventuras de Poliana, A Praça é Nossa, o Primeiro Impacto e o Programa Silvio Santos.
SBT e Record suspendem divulgação de índices de audiência
Toda semana, de segunda-feira a sexta-feira, SBT e Record divulgam seus feitos na audiência. Evidentemente, uma celebra sempre que está à frente da outra. Nesta segunda (25), porém, ambas optaram por não enviar tais dados à imprensa. A ação tem um motivo nobre: o respeito a Gugu Liberato, falecido na última sexta-feira (22), alvo de homenagens nos dois canais.
A iniciativa partiu do SBT, casa onde Gugu fez história, sempre amparado pelo mestre Silvio Santos. A Record, que contou com o apresentador em seu casting nos últimos 10 anos, decidiu então adotar tal procedimento.
Cabe destacar, contudo, que o tema dominou a web neste domingo (24). Durante um VT sobre Gugu Liberato, Rodrigo Faro questionou a produção sobre a audiência de sua atração na Record, Hora do Faro. O apresentador, ao que tudo indica, não notou que estava no ar. Tal flagra rendeu críticas nas redes sociais. Talvez este ocorrido tenha influenciado SBT e a concorrente a não divulgar os dados.
A guerra de audiência na TV brasileira conta com episódios polêmicos. Nos anos 1980, Silvio Santos vinculava os horários de sua emissora aos do canal dos Marinho, que rebatia esticando novelas e programas. Tal expediente foi mantido na década seguinte; como exemplo, as novelas do SBT cujas chamadas citavam títulos das concorrentes – “Assista Éramos Seis após A Viagem; reapresentação logo depois de Fera Ferida”, em 1994.
O próprio Gugu esteve no centro de uma batalha histórica acerca de números. Entre o final dos anos 1990 e início dos 2000, recorreu a quadros de teor sexual e pautas sensacionalistas; Fausto Silva adotou expediente semelhante para tentar inverter o placar. Já na Record – que na década passada usava o slogan “a caminho da liderança” para afrontar a Globo –, Augusto Liberato apresentou índices aquém das expectativas.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].