Seu Jorge afirma que sociedade quer exterminar jovem negro do país

Seu Jorge

Seu Jorge desabafou sobre sociedade e política contra os jovens negros (Imagem: Reprodução / Globo)

Seu Jorge fez um desabafo e uma espécie de grito para que a sociedade entenda a situação grave que vive a segurança pública no país. Em entrevista à revista Veja, o cantor foi lembrado do caso da menina Ágatha e falou que há um extermínio de jovens negros no país.

“Segurança pública é uma questão antiga e delicada. Localizar isso geograficamente na cidade do Rio de Janeiro é ainda mais complexo”, opinou o famoso. “A cidade atravessa uma transformação muito grande. Vimos seus líderes envolvidos em escândalos. O Estado acabou se diluindo e não demonstra estrutura de recuperação para políticas mais importantes. Que não é só segurança, é saúde também, por exemplo”, assegurou.

O artista apontou sugestões para a solução do problema, como ONGs e sua participação efetiva em áreas de conflito, mas alertou: “Elas correm o risco de serem tipificadas. Isso é um retrocesso. Essa população precisa de educação, saúde, oportunidades. É triste ver jovens, que podem e devem ser importantes para a próxima década, negligenciados”.

O também ator destacou a atual política de inclusão pífia com foco nos jovens. “Apontar para essa juventude que está na comunidade, na favela, sem emprego, sem escola, e vê-los como violência em potencial é um erro. Há uma tentativa de extermínio do jovem negro brasileiro”, desabafou.

Sentido com o próprio comentário, Seu Jorge deu ênfase aos problemas das periferias brasileiras, em especial as do Rio. “Sonhamos em ver o jovem negro livre de tudo isso. Com mais oportunidade de trabalho, de estudo e de realizar o que ele sonha. Que ele seja estimulado a procurar um caminho de mais oportunidade”, desejou.

Seu Jorge é condenado a pagar R$ 500 mil por uso indevido de canção

O bolso do cantor Seu Jorge vai pesar nos próximos dias. Isso porque ele foi condenado por uso indevido de trechos da canção “Ai Que Saudade de Amélia”, de Mário Lago, na música “Mania de Peitão”, segundo o jornal Extra.

Serão R$ 500 mil pagos em indenização à família do compositor, com correção monetária desde a sentença e juros legais de 1% desde a citação. A família “dona da música” não ficou nem um pouco satisfeita com a adaptação de Seu Jorge.

De acordo com a advogada Deborah Sztejnberg, a mágoa é brutal. “Os herdeiros me disseram: “Meu pai se estivesse vivo estaria estapeando a gente, por transformar a beleza de uma letra como a de “Amélia” a colocando nesse tipo de música. É o direito moral do autor. Tem quem ceda música de graça e quem prefere não liberar por dinheiro nenhum do mundo”, explicou.

Espera-se que o Seu Jorge recorra à decisão, mas ele ainda não se manifestou sobre o caso. Nos autos, o cantor disse que quis fazer uma homenagem aos autores da música e apenas não se atentou a incluir os nomes dos verdadeiros compositores.

Da Redação
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