A Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, enviou de forma ilegal de Angola para a África do Sul cerca de US$ 30 milhões. A informação foi dada por um grupo de bispos angolanos às autoridades do país africano.
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Segundo a denúncia, confirmada pelos bispos ao UOL, a cada três meses o valor era enviado para o outro país, totalizando US$ 120 milhões por ano.
Fernando Henriques Teixeira, pastor e ex-diretor da TV Record África, foi apontado como o responsável pela transação. A operação teria começado em 2010.
“A imagem para representar o que acontecia em Angola era a de um saco sem fundo: tudo o que entrava saía”, declarou o ex-pastor angolano Tavares Armando.
Em nota, a assessoria de imprensa da Igreja Universal em Angola desmentiu a acusação grave e deu a sua versão dos fatos:
“É totalmente falsa esta questão. É totalmente sem fundamento. Isto é uma versão levantada por estes ex-pastores e pastores de dissidências com o objetivo de tomar a igreja. Eles criaram a sua versão a fim de tomar a igreja, uma vez que é um crime. Todas as ofertas da igreja são totalmente declaradas aqui para o Estado e a esta versão que os dissidentes levantaram é totalmente infundada”.
No Brasil, a instituição saiu em defesa da liberdade religiosa e colocou a questão em risco em Angola. A igreja conquistou ao longo das décadas mais de 10 mil templos, com 500 mil fiéis somente no país responsável pela sua maior crise.
A força da Universal (Record)
Renato Cardoso, bispo da igreja e genro de Edir Macedo, já manifestou nos cultos o tamanho do poder da instituição e, indiretamente, da Record.
“Tem crente que ainda fica reclamando, criticando a TV Record. ‘Ah, porque que colocam A Fazenda 2021?’. Nós encontramos [na Europa] pessoas que estão assistindo as novelas bíblicas em português [para poder aprender] um pouco da Bíblia”, iniciou.
“Já estamos trabalhando para colocar as novelas dubladas para alcançar as pessoas de lá. As pessoas que tem muito… Reclamam! Não entendem! Tem a mente fechada!”, detonou.
