Novela de Aguinaldo Silva, Duas Caras (2007) estreia nesta segunda-feira (30) no Globoplay. O enredo gira em torno de Adalberto Rangel (Dalton Vigh), golpista que, após tomar a fortuna da órfã Maria Paula (Marjorie Estiano), muda de rosto e de identidade. Anos depois, então Marconi Ferraço, poderoso empreiteiro que luta contra os moradores da Portelinha, favela que pretende desapropriar, o salafrário reencontra a moça, com quem tivera um filho. A coluna separou cinco curiosidades da obra, do elenco provisório à “trama paralela” envolvendo o autor. Confira!
VEJA ESSA
O elenco
Os personagens de Duas Caras, conforme o título sugeria, possuíam dois lados. E muitos deles contaram também, digamos assim, com dois intérpretes. É que o elenco sofreu alterações antes do início da produção. Para o protagonista Adalberto / Marconi, Aguinaldo Silva convidou Eduardo Moscovis. Os dois foram parceiros em Senhora do Destino (2004). O ator, com projetos fora da TV, negou.
“Fiquei triste, mas o Wolf (Maya, diretor) me disse que encontraríamos a pessoa certa. Brincando, eu disse que tudo bem, mas que tinha que ser alguém que o nome começasse com a letra ‘D’. ‘Dalton Vigh’, gritou o Wolf. Adorei a ideia”, contou Aguinaldo ao jornal O Estado de São Paulo. Dalton estava em alta, graças ao sucesso do vilão Clóvis, de O Profeta (2006).
Às vésperas da estreia, um susto: Vigh foi encaminhado à CTI do Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, após uma violenta reação alérgica a medicamentos para dores nos rins. O boletim médico falava em “intubação orotraqueal com ventilação assistida”, divulgado no jornal O Globo. As gravações foram suspensas temporariamente, mas Dalton Vigh se restabeleceu logo, sem maiores transtornos à produção.
Maria Paula coube, num primeiro momento, a Carolina Dieckmann, que, grávida do primeiro filho, acabou substituída por Mariana Ximenes. A atriz, recém-saída de Cobras & Lagartos (2006), trocou de papel com Marjorie Estiano, escalada para a vilã Sílvia após a exitosa participação em Páginas da Vida (2006). Exaurida, após emendar trabalhos, Mariana pediu para sair; Alinne Moraes assumiu a malvada. José Mayer também abdicou de Juvenal Antena, entregue a Antonio Fagundes.
Outras trocas envolveram Marília Gabriela, Renata Sorrah e Susana Vieira. Convocada para viver Branca, proprietária da Universidade Pessoa de Moraes, Marília assumiu a líder comunitária Guigui, reservada para Renata. Esta foi deslocada para Célia Mara, amante do marido de Branca, entregue a Susana – reeditando a rivalidade de Nazaré (Sorrah) e Maria do Carmo (Vieira) em Senhora do Destino.
As inspirações
A ficção de Aguinaldo Silva partiu, quase toda, das notícias de jornais. A mudança física de Adalberto / Marconi foi inspirada, conforme ele relatou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em “um sujeito chamado Romero Lago, que, na década de 70, chegou a ser chefe da Censura Federal, até que descobriram que ele não era Romero nem Lago, mas outra pessoa, condenada por um crime gravíssimo”.
José Dirceu, homem forte do primeiro mandato de Lula como Presidente da República que entrou em desgraça após o escândalo do Mensalão, também serviu de inspiração. Na época da Ditadura Militar, Zé Dirceu se submeteu a cirurgias plásticas, retornou ao Brasil com outra identidade, casou-se, teve filho e só abriu o jogo após a Lei da Anistia, em 1979. O caso impressionava Aguinaldo, que revelou à Folha:
“O fato é que essa história – casamento, vida dupla, abandono da segunda vida para voltar à política – já ouvi centenas de vezes, mas toda vez ela me faz muito mal, porque sinto uma crueldade muito grande. Uma pessoa que faz isso é capaz de qualquer coisa. Tenho medo dele. Confesso que quando ele era chefe da Casa Civil, sempre pensava nisso. Tenho horror”.
Após a estreia de Duas Caras, Clara Becker, a esposa “enganada” por José Dirceu, saiu em defesa dele, buscando dissociá-lo do protagonista. “É caluniosa a comparação, feita pelo autor da novela, entre José Dirceu e um personagem que se casa por interesse e foge com o dinheiro da esposa. […] Ele nunca me roubou e nunca dependeu do meu dinheiro, pois tinha a sua loja e eu a tinha a minha”, declarou em carta aberta transcrita pela Folha.
“Não fui abandonada por José Dirceu. Com a anistia, ele pediu que eu e meu filho fossemos com ele para São Paulo. Chegamos a viver algum tempo juntos na capital paulista, mas eu tinha, aqui em Cruzeiro do Oeste. […] José Dirceu foi um companheiro ideal. Mesmo depois de nossa separação mantém contato, preocupa-se com meu bem-estar e vem a Cruzeiro do Oeste, cidade hoje administrada por nosso filho”, completou.
Silva rebateu através do Estado de São Paulo, afirmando que Clara cometia “um pecado habitual dos telespectadores, que é confundir o que acontece na novela com a verdade”. “Não estou falando do ex-marido dela, e sim de um personagem que criei e cuja vida é de minhas inteiras imaginação e responsabilidade”, ressaltou o novelista.
Anos depois, Aguinaldo Silva também admitiu ter se inspirado em Hugo Chavéz, ex-presidente da Venezuela, na formatação do perfil de Juvenal Antena, espécie de miliciano que dominava a Portelinha.
Já a trama de Branca e Célia Mara, que dividem o mesmo homem por anos – João Pedro (Herson Capri) –, surgiu da manchete sobre um tesoureiro, vítima de uma bala perdida de fuzil AR-15 enquanto acompanhava um espetáculo circense ao lado da concunhada (e amante). Os traídos só tomaram ciência do romance 13 anos após a fatalidade.
O novelista recorria tanto a casos recentes quanto registros históricos da crônica policial. “Revisitado” pela Record em Vidas Opostas (2006), o sequestro do ônibus 174, ocorrido em 2000, inspirou o desfecho do criminoso Ronildo (Rodrigo Hilbert). A Fera da Penha, alcunha de Neyde Maria Maia Lopes, que sequestrou e assassinou a filha pequena do amante na década de 1960, baseou as tentativas de Sílvia de liquidar o enteado Renato (Gabriel Sequeira), filho de Adalberto / Marconi e Maria Paula.
O êxito do filme Tropa de Elite, popularizado através de DVDs piratas, entrou em Duas Caras quando o pretenso cineasta Duda (Guilherme Gorski) planejou o vazamento de imagens, registradas por ele, da invasão da Portelinha por traficantes. Já Evilásio (Lázaro Ramos), afilhado e, em dado momento, rival de Juvenal Antena, usou “Sim, nós podemos”, tradução literal do slogan do candidato à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama, em sua campanha para vereador.
Por fim, uma homenagem de Silva ao colega Tiago Santiago, responsável por Caminhos do Coração, da Record, com a fala “um breu em que nem mutante com visão noturna consegue enxergar nada”. Mutantes e outros seres geneticamente modificados faziam o sucesso da trama que chegou a incomodar a Globo no quesito audiência.
“Foi um chiste entre colegas. Adoro Tiago, que é neto do lobisomem. O pai foi Dias Gomes, e o filho, eu”, brincou Aguinaldo em entrevista à Folha, aludindo ao realismo fantástico que permeou suas obras e as dos colegas. Na mesma matéria, Tiago prometeu retribuir: “Em algum momento, vou dizer que o Pachola (André Mattos) veio lá da Portelinha”.
A audiência
Duas Caras estreou mal. O primeiro capítulo, em 1º de outubro de 2007, marcou apenas 40,3 pontos na Grande São Paulo, o pior desempenho da década. No dia seguinte (2), os índices caíram para 35,5. Na mesma semana, em papo com a Folha, Aguinaldo Silva apontou os vilões dos números:
“O problema não é com a novela, é com a televisão. Numa terça-feira, o total de ligados em São Paulo foi de 64%, ou seja, 36% dos televisores estavam desligados. As pessoas estão comprando TVs de plasma para deixarem desligadas ou para verem filmes. Hoje, qualquer banca vende DVD pirata a R$ 5 […] E ainda tem o Messenger e o Orkut. Agora até as criancinhas estão viciadas em Orkut. O Orkut virou novela, as pessoas escrevem suas próprias histórias”.
A reação veio na semana seguinte. Com a mudança de fase, o folhetim recuperou os 41 pontos – com 61% de participação no número de televisores ligados (share). Foi quando outra novela começou a se desenhar na web… À frente do BlogLog, portal da Globo.com que abrigava diários de seu elenco e de outras personalidades de mídia, Aguinaldo fez e aconteceu.
Um post com o título ‘Eu prometo: ‘Duas Caras’ vai bombar [nesta semana]!’ “viralizou” por conta do trecho em que Silva celebrava o “Romeu e Julieta pós-moderno”, casal formado por Evilásio e Júlia (Débora Falabella). “Um romance que mistura racismo e luta de classes, bem ao gosto dos sociólogos petistas e sua incansável legião de seguidores”, alfinetou. Outros comentários políticos, ligados a ações e figuras do Governo Federal, também causaram debates.
Os índices claudicavam. Em 19 de outubro, Duas Caras chegou aos 45 pontos com sequências de “pegação” entre Evilásio e Guigui e Juvenal e Odete (Lady Francisco). A Globo, no geral, estava em baixa: reformulações no Mais Você, afetado por jornalísticos da Record, e encurtamento de Malhação; fuga de público às 18h e às 19h com Sete Pecados e Eterna Magia.
Aguinaldo Silva partiu para o mea-culpa em entrevista a Isto É: “Os capítulos eram meio dark. Eu estava vivendo um problema pessoal e isso acabou se refletindo no campo profissional, mas já passou, o trabalho entrou agora no tom habitual. Estou feliz e tenho consciência de que esta é a minha melhor novela, a mais cirúrgica, a mais apurada”. Porém, dias depois, através de seu blog, Aguinaldo surpreendeu ao afirmar que havia solicitado férias.
“Apresentei minhas razões e eles, como pessoas generosas que são, entenderam o quanto elas eram fortes e aceitaram o meu pedido. Simples assim”, minimizou. A Globo confirmou o afastamento de Aguinaldo, corroborando com a versão de que os capítulos exibidos até 26 de dezembro contavam com a assinatura dele.
A imprensa chegou a divulgar, inclusive, a divisão de tarefas definida por Aguinaldo para os colaboradores: Maria Elisa Berrado assumiria a coordenação; Nelson Nadotti responderia pelas escaletas, enquanto Filipe Miguez, Glória Barreto, Izabel de Oliveira e Sérgio Goldenberg desenvolveriam os diálogos. Três dias após o anúncio da saída, em 29 de novembro, Silva voltou atrás, confidenciando à Folha: “Cheguei à conclusão que sair daqui neste momento ia parecer, no mínimo, covardia.
Os bastidores da saída que não se concretizou incluíam crises hipertensivas, telefonemas ameaçadores de alguém intitulado “Sufocador”, atritos com a imprensa por críticas ao texto e análise dos índices e, claro, os posts do BlogLog, onde o novelista escreveu: “A partir de agora volto a ser o operário padrão de sempre, disposto a derramar até o sangue pelo bom andamento do meu trabalho”.
“Agora sem aceitar provocações, sem ligar para implicâncias, futricas ou ódios, centrado apenas no que vale a pena: a viagem que levará ‘Duas Caras’ ao bom porto”, completou Aguinaldo Silva que, na reta final da novela, analisou o caso na Folha. “O que eu fiz no blog é novo e deveria ser saudado como tal. Mas não: por toda a parte, houve choro e ranger de dentes. O fato de ser o autor o primeiro a dar as novidades sobre sua novela deixou muita gente em polvorosa”, disse.
No momento da “quase licença”, Duas Caras somava 48 capítulos. A média parcial era de 37,4 pontos – abaixo de títulos de outros horários, como Da Cor do Pecado (2004, 43,1 pontos), Alma Gêmea (2005, 38,6 pontos), Cobras & Lagartos (2006, 38,2 pontos) e Uga-Uga (2000, 37,9 pontos). Os números cresceram posteriormente. E os problemas também…
A censura
A volta do autor ao comando de Duas Caras coincidiu com a reclassificação por parte do Ministério da Justiça. Recomendada, a princípio, para maiores de 12 anos, a novela tornou-se proibida para menores de 14. Naquele tempo, a Classificação Indicativa era atrelada ao horário de exibição. Uma produção +14 tinha que, obrigatoriamente, ser veiculada após às 21h – o que prejudicava a grade da Globo em estados onde não havia horário de verão, em toda região Nordeste e parte do Norte e do Centro-Oeste.
As cenas em que a enfermeira Alzira (Flávia Alessandra) dançava em um pole dance para ampliar a renda da família causaram a reclassificação. A prática se popularizou entre as telespectadoras, graças, especialmente, à sensualidade latente nas sequências envolvendo a amada de Juvenal Antena. Em Dance, Dance, Dance, folhetim da Band, a protagonista Sofia (Juliana Baroni) também fazia acrobacias na barra, sem ousadia e sem impacto.
A Globo tratou de reverter a decisão do MJ, sem sucesso. A explosão da uisqueria onde Alzira se apresentava não foi suficiente para serenar os ânimos dos responsáveis pela classificação indicativa. “Às dez da noite o Wolf me ligou dizendo que no dia seguinte tinha que gravar o fim do bar. Eu fiquei desesperado até que eu tive a ideia do atentado. Inventei a personagem do Sufocador, que é, na verdade, essa turma da ‘não censura’”, destacou Aguinaldo Silva à revista Veja.
Em seu blog, o novelista relacionou tal episódio à Censura do regime militar, afirmando que a boate Sexus, de Roque Santeiro (1985), tão ousada quanto, não sofrera intervenções. Ele ironizou: “Hoje todos nós criadores devemos dar graças aos céus, pois vivemos num governo democrático, cujos líderes lutaram bravamente contra as arbitrariedades de então e, por isso, jamais admitiriam o retorno desse estado de coisas”.
Alzira seguiu com as apresentações no pole dance, em ambientes “familiares”. No antepenúltimo capítulo, diante da investida de um delegado contra o show “em defesa dos bons costumes” – com o aval de Juvenal, enciumado –, o deputado Narciso (Marcos Winter) lembrou que a censura no Brasil estava, ao menos oficialmente, extinta desde a década de 1980. “É censura!”, reagiu Célia Mara, prima de Alzira.
As reações
Sem a uisqueria, o restaurante de Bernardinho (Thiago Mendonça) foi promovido a point de Duas Caras. Tony Ramos e sua esposa Lidiane compareceram na inauguração, no capítulo exibido em 14 de janeiro de 2008, o de maior audiência do folhetim até então: 46 pontos. O falatório em torno de Bernardinho se deu, porém, por conta do quadrado amoroso em que ele se meteu e do debate sobre intolerância religiosa suscitado após a reação de Edvânia (Susana Ribeiro) ao romance do rapaz.
Embora gay, Bernardinho deixou a casa da família após envolver-se com Dália (Leona Cavalli), livre do vício em drogas graças ao auxílio dele e de Juvenal Antena. Heraldo (Alexandre Slaviero) completou o triângulo amoroso, que ganhou um quarto elemento quando Amara (Mara Manzan), madrasta e desafeto de Bernardinho, convenceu Carlão (Lugui Palhares) a seduzi-lo. O imbróglio incomodou Edvânia, que promoveu um quebra-quebra na casa do cozinheiro ao descobrir que ele havia comprado uma cama king-size.
Nos primeiros capítulos da novela, o Pastor Inácio (Ricardo Blat) buscava conviver pacificamente com Mãe Setembrina (Chica Xavier). A líder do terreiro saiu de cena, vítima do ataque de traficantes à Portelinha. A cantora gospel Rebeca (Paola Crosara), herdeira do líder evangélico, também morreu durante a invasão. Foi quando a radical Edvânia tomou posse de rebanho, ignorando os apelos de Ezequiel (Flávio Bauraqui), o substituto de Inácio – curiosamente, filho de Setembrina. A loucura era tamanha que Edvânia liderava as apostas sobre a identidade do Sufocador.
O ataque à casa de Bernardinho e seus pares rendeu uma matéria no Domingo Espetacular, da Record, sobre a forma como a Globo retratava os evangélicos em suas produções. A emissora vinculada à Igreja Universal do Reino de Deus dedicou mais de 10 minutos da edição de 16 de março de 2008 do jornalístico, com depoimentos de líderes do segmento e a reprodução, quase que na totalidade, do “surto” de Edvânia.
A Globo rebateu através de sua Comunicação: “Primeiro, é importante lembrar que novelas são obras de ficção. Segundo, em ‘Duas Caras’ o que se pretende questionar é justamente o preconceito. Terceiro, não consideramos que a personagem em questão deva ser definida como religiosa: é uma fanática desequilibrada. Pessoas assim podem existir em qualquer religião. Rotulá-la de evangélica é que é uma visão preconceituosa”.
Talvez, para evitar melindres, a Globo optou pela proibição do beijo gay no último capítulo de Duas Caras. É bem verdade que, na época, todo título das 20h prometia o carinho, vislumbrando não só o pioneirismo para o autor como também o acréscimo na audiência motivado pela curiosidade. Aguinaldo Silva lamentou o veto, em depoimento à Folha. “O negócio é enxugar as lágrimas e partir para o ataque, ou seja, dizer que, se houver uma próxima novela escrita por mim, nela eu tentarei emplacar o beijo entre iguais de novo”, prometeu.
Antes do “fim”, a trama, que já havia enfrentado protestos de profissionais da enfermagem por conta de Alzira, sofreu críticas da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Fernanda (Júlia Almeida) excedia a função de óptica, tomando resoluções que competiam apenas ao oftalmologista. Fernanda era filha de Bárbara, um dos melhores momentos da história recente de Betty Faria. A empregada de Adalberto / Marconi foi a pedra mais incômoda no sapato de Sílvia, enquanto a vilã ocupou a mansão.
Por falar em último capítulo… Aguinaldo solicitou que o encerramento de Duas Caras fosse ao ar no sábado, por conta da quantidade de personagens à espera de desfechos. A Globo acatou. A investida, porém, limitou-se à trama devido ao desempenho nos números. As cenas finais, exibidas em 31 de maio de 2008, acumularam 48 pontos na Grande São Paulo, bem abaixo dos 56 registrados pela antecessora Paraíso Tropical (2007) – também dos 53 de Páginas da Vida (2006) e dos 60 de Belíssima (2005).
Duh Secco é "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.