William Bonner, editor-chefe e âncora do Jornal Nacional, foi contratado pela Globo na década de 1980, mais precisamente em junho de 1986, após um ano no jornalismo da Band. A sua contratação, no entanto, só aconteceu por causa de uma noite de macarronada.
VEJA ESSA
No início daquela década, cursando comunicação social, ele entrou na TV da família Saad após ser indicado para uma vaga por seus colegas de faculdade, mas por conta da sua barba, ele recebeu o convite para gravar offs, a narração das reportagens.
Quando ele deixou de lado a barba, a direção da emissora definiu a sua estreia como âncora do Jornal da Manhã, em 1985. Um ano depois, o então vice-presidente de Operações da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, estava com sua mulher jantando em casa quando viu Bonner na telinha.
A esposa do chefão da emissora carioca sugeriu o jovem apresentador para o quadro de funcionários da Globo, e a sugestão foi acatada. “A minha carreira se desenhou muito por acaso”, contou o principal âncora da TV ao jornal O Globo.
O convite para a bancada do Jornal Nacional ocorreu 10 anos depois. Evandro Carlos de Andrade, então diretor da Central Globo de Jornalismo, pediu segredo após ter feito o convite, e William não contou para ninguém, até mesmo para Fátima Bernardes, sua esposa na época. “O único segredo que guardei na minha vida”, confessou.
De lá para cá, o global foi responsável por grandes notícias, algumas difíceis de lidar. Na edição de 2 de junho de 2002, quando noticiou a morte do colega Tim Lopes, ele não segurou a emoção e chorou nos bastidores do telejornal.
