BBB 2022: Representatividade de Linn da Quebrada não é demérito para vencer o reality

BBB 2022

Representatividade de Linn da Quebrada não é demérito para vencer o BBB 2022 (Imagem: Reprodução / Globoplay)

Linn da Quebrada chegou no BBB 2022 e foi a segunda representante transgênero da história de 22 edições. A autodeclarada travesti fez seu nome no reality show, alcançado marcas até então inéditas e sua representatividade, ao contrário do que muitos dizem, não é justificativa descartada para vencer o programa.

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Como dito anteriormente, a sister do Camarote foi a primeira a ultrapassar a primeira semana e também a vencer um paredão, coisa que Ariadna Arantes infelizmente não conseguiu em 2011. Ela também ultrapassou 1 milhão de seguidores no Instagram, outro feito inédito para o que representa, no Brasil.

Linn da Quebrada é uma “empata jogo” no BBB 2022?

Muita gente alega que Lina não é uma boa jogadora, por nunca ter um alvo em comum no grupo formado com Jessilane e Natália, e ocasionalmente por Lucas.  Vale duas observações: porque apenas a famosa é citada, sendo que unanimidade tem que partir de todos num conjunto?

Na 1ª semana, nenhuma foi unânime no voto duplo, mas o trio teve em comum interseções entre Jade Picon e Pedro Scooby (com Nat acertando mais). Na 2ª, a mineira e a cantora votaram em Paulo André, ficando para Jessi o erro. Na 3ª Linn e Jessi foram no atleta, sendo Nat a “furona”.

Na 4ª rodada, o mesmo erro ocorreu, só que com a dupla indo em Pedro Scooby e a designer de unhas apostando em Laís. A 5ª semana o primeiro acerto coletivo, com elas indo em Paulo.

Na 6ª semana o voto foi em dupla: Nat e Jessi foram em Eslovênia. Lina não poderia fazer o mesmo, já que sua dupla era justamente a pernambucana. Na 7ª, Natália e a sister do Camarote foram em Gustavo, e a bióloga em Eliezer.

Na 8ª todas votaram diferente e na 9ª ocorreu mesmo que duas semanas atrás, só que a dupla indo em Paulo André e o designer sendo escolhido por Jessi. Por isso, se repete a pergunta: por que o rótulo de má jogadora só cai para uma delas, que foi justamente a que mais esteve em sintonia no confessionário?

Representatividade importa!

Muitos falam que quem tem que ganhar é o participante que mais joga, o que é válido, mas muitos deles já negaram claramente o interesse de combinar votos e afins, e seguem com popularidade em alta.

Por que vale para um e não para outro? É uma pergunta que adentra no lance da representatividade, já que para as travestis tudo exige um esforço bem maior… E isso tem refletido no público do Big Brother Brasil.

Ok, não é um programa de assistencialismo em que vence “o coitado”, mas Linn da Quebrada tem a missão de espalhar a mensagem do “você pode”. Galgar um status tão alto significaria não só financeiramente, mas como um exemplo para a sociedade.

Além disso, a artista sempre deixou clara a sua vontade de estar ali. Muitos a julgam por votar no grupo dos homens do Quarto Grunge, mas quase ninguém fala que eles também votaram nas comadres desde a primeira semana (apesar de menos vezes), em mais de uma oportunidade.

Não existe essa “surpresa” ou ingratidão, como é pintada. Todos têm direito de escolher o grupo que bem entenderem. Não é inferno é céu. Não é um grupo ou outro. É o indivíduo. Um só vence.

Matheus Henrique Menezes
Escrito por

Matheus Henrique Menezes

Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.