Mônica Martelli contou em entrevista a Pedro Bial que nunca conseguirá superar a morte de Paulo Gustavo (1978-2021). O artista foi uma das vítimas do coronavírus e do pouco caso do governo na compra antecipada de vacinas. Emocionada, a atriz falou sobre a ausência do amigo.
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“O luto é uma coisa muito louca porque são várias fases, que eu já conhecia… Mas é totalmente instável. Não tem aceitação! Quando alguém pergunta se eu sinto saudade, eu falo que saudade é uma palavra que não dá conta para o que eu sinto, é pouco, é uma falta diária daquela pessoa que te ligava o dia inteiro”, descreveu.
Martelli relatou que Paulo Gustavo dava opinião e interferia diretamente em sua vida. “Todas as dúvidas que eu tinha, se fazia um programa ou não… Eu confiava na cabeça dele, na visão que ele tinha de mundo. Ele era muito inteligente”, expressou no Conversa com Bial.
A dupla estava envolvida na sequência do filme Minha Vida em Marte (2018). Com a morte do artista, ela deixou tudo de lado e pensou em abandonar o projeto. Porém, ele decidiu retomar o trabalho e até recusou entrar em Travessia, substitua de Pantanal, para dedicação total no projeto:
“A minha vida foi pautada em tudo que eu faço e vivo, eu faço essa doação. É uma forma de eu me curar, botar para fora. A peça Minha Vida Em Marte é a minha separação, coloquei ali toda a minha dor e todo o meu sofrimento”.
“Tudo que eu passo na minha vida, eu escrevo. Vou escrever esse luto. Aí resolvi fazer o segundo filme”, afirmou no programa de entrevistas da Globo.
Mônica Martelli emociona em fala sobre Paulo Gustavo
Em outubro do ano passado, em uma participação no Encontro, Mônica falou sobre a dificuldade em processa a perda do amigo.
“Eu tenho muita dificuldade ainda em entrar em contato com os vídeos do Paulo Gustavo. Fico com muita saudade. Sinto o cheiro dele, a risada dele. A obra dele está aí. Mas aquele amigo que te ligava 10 vezes por dia não tem mais. Às vezes eu sinto a necessidade de ouvir a voz dele, aí eu acesso os vídeos”, disse.
“O luto não é a falta, ele é um excesso da presença. Você acorda pensando na pessoa, toma banho pensando na pessoa, vai dormir pensando nele. O Paulo interferia na minha vida em tudo”, entregou na época.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].